Já consolidado no calendário do varejo, o dia das mães de 2024 trouxe novas perspectivas para o comércio com um crescimento de 2,3% para o e-commerce segundo a Cielo; e o aumento nas vendas foi de 6,8% de acordo com o ICVA.
Porém, como não há somente flores, as atividades do comércio durante a data apresentaram uma queda. Quando comparado com 2023, a comemoração apresentou um recuo de 3,2%, afirma a Serasa Experian.
Além disso, o indicador evidenciou que em São Paulo a baixa foi ainda maior. Na semana da data, a queda foi de 4,7% quando comparado ao mesmo período em 2023.
Contrapondo a onda de 2023, Thais Bairros, especialista em tendências na WGSN América Latina, defende que o consumidor está mais consciente sobre seus desejos. “Apesar de sua fascinação pela tecnologia, ele tem uma abordagem mais equilibrada e maior interesse por inovações que o permitam sentir e criar experiências off-line”.
Entretanto, o papel do e-commerce não fica de lado. Dados do Google Trends, apontam que as pesquisas na data, relacionadas às compras tiveram aumentos repentinos – isso significa que as porcentagens de busca superaram o valor de 5.000. As buscas se concentram no termo ‘dia das mães’ e em frases comemorativas para cartões.
Bairros, ainda apresenta outra visão sobre as vendas para datas comemorativas: “o desempenho dos canais digitais têm se estabilizado em uma taxa de crescimento mais consistente e os e-commerces continuarão existindo, ganhando relevância como espaços de conveniência, mas que não serão capazes de competir com a experiência e o aspecto emocional do varejo físico”.
Um cenário mais sustentável
“O principal destaque no varejo em 2024 é a mentalidade ‘slow’, com atenção especial para o comércio comunitário e a economia do cuidado, associados a uma expansão tecnológica estratégica”, como ensinamento a executiva valoriza as novas expectativas dos consumidores.
É importante considerar o novo cenário das compras, tanto online como offline, os consumidores mudaram. Segundo dados da PwC, 76% dão preferência a marcas que apoiam causas ambientais e 75% dão preferência a causas sociais.
A especialista em tendências também comenta sobre outras prioridades dos consumidores. “Devido aos efeitos da crise do custo de vida, às preocupações com a sustentabilidade e à expansão dos canais digitais, a categoria que mais tem crescido é o re-commerce, que é a venda on-line de produtos de segunda mão”.
Dentre alguns dos segmentos que apresentaram crescimento, as principais categorias da data foram: cosméticos e higiene pessoal (+9,6%), óticas e joalherias (+9,4%) e móveis, eletro e depto (+9,2%).