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Economia brasileira cresce 0,9% no terceiro trimestre e alcança R$ 3 trilhões

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

A economia brasileira registrou crescimento de 0,9% na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano, impulsionada pelos setores de serviços e indústria. Esse resultado marca a 13ª alta consecutiva do PIB (Produto Interno Bruto), que reúne todos os bens e serviços produzidos no país. Em relação ao mesmo período de 2023, o PIB cresceu 4%.

Nos últimos quatro trimestres, o avanço acumulado da economia foi de 3,1%, segundo dados divulgados terça-feira (3) pelo IBGE. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 3 trilhões.

Homem aplicando para formulário de acesso ao crédito
Imagem: reprodução

Desempenho setorial 

Entre os setores, serviços e indústria cresceram 0,9% e 0,6%, respectivamente, no terceiro trimestre. Já a agropecuária apresentou queda de 0,9%, sendo o único setor com desempenho negativo no período. Enquanto os serviços e o PIB renovaram seus recordes históricos, a indústria permanece 4,7% abaixo do pico alcançado no terceiro trimestre de 2013.

Porém, o crescimento de 0,9% no trimestre ficou abaixo da alta de 1,4% registrada entre o primeiro e o segundo trimestres de 2024. 

Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, o resultado foi influenciado por fatores como melhoria no emprego e renda, além de programas de transferência de renda. Ela destacou que o aumento da taxa básica de juros (10,5% para 10,75%), ocorrido em setembro, ainda não impactou significativamente a atividade econômica no trimestre.

Novidades do 3° trimestre

No caso das atividade de serviços, que têm maior peso no PIB, os principais crescimentos foram em:

  • Informação e comunicação (2,1%);
  • Outras atividades de serviços (1,7%);
  • Atividades financeiras, seguros e serviços relacionados (1,5%);
  • Atividades imobiliárias (1%);
  • Comércio (0,8%).
  • Transporte, armazenagem e correio (0,6%); e 
  • Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).

Na indústria, houve alta de 1,3% nas indústrias de transformação, enquanto recuaram: construção (1,7%); eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (1,4%); e indústrias extrativas (0,3%).

O consumo das famílias cresceu 1,5%, impulsionado pelo aumento da massa salarial e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. O consumo do governo também avançou, com alta de 0,8%. Já os investimentos (formação bruta de capital fixo) cresceram 2,1%.

As exportações caíram 0,6%, enquanto as importações subiram 1% no período.

Comparação anual

Em relação ao terceiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 4%, marcando a 15ª alta consecutiva. Nesse comparativo, o setor de serviços liderou o avanço, com crescimento de 4,1%, seguido pela indústria, que subiu 3,6%. 

Já a agropecuária recuou 0,8%, impactada por quedas na produção de culturas, segundo o comunicado do IBGE: “alguns produtos, cujas safras são significativas no terceiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade, como cana (-1,2%), milho (-11,9%) e laranja (-14,9%)”.

No acumulado de 2024 até o terceiro trimestre, o PIB cresceu 3,3% em relação ao mesmo período de 2023. A agropecuária recuou 3,5%, enquanto indústria e serviços cresceram 3,5% e 3,8%, respectivamente.

Além disso, o IBGE revisou para cima o crescimento do PIB de 2023, de 2,9% para 3,2%.

Fonte: Agência Brasil