As compras online seguem como tendência no Brasil. Afinal, ao comparar o primeiro trimestre de 2022 (janeiro a março), com o mesmo período do ano passado, o setor teve alta de 12,59%. Usando a mesma base comparativa, o faturamento também teve um boom de 11,02%. Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).
“O crescimento das vendas online no primeiro trimestre, comparado ao mesmo período do ano anterior, foi superior a 12%, o que é muito significativo. Isso porque o volume de vendas do ano passado foi expressivo e com recorde, até então, nas vendas não presenciais. Outro indicador de destaque do estudo MCC-ENET foi a penetração das vendas online em relação ao total do varejo. Em fevereiro de 2022, atingiu 12,4% na média móvel dos últimos 12 meses, o maior valor do histórico medido desde janeiro de 2018″, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da camara-e.net.
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Vendas online
Já na comparação entre os meses de março e fevereiro, as vendas praticadas pela internet tiveram crescimento de 22,03%. Quando a avaliação foi entre março de 2022 com o mesmo período do ano passado, a alta é de 3,80%. Por outro lado, no acumulado dos últimos 12 meses a expansão é de 10,23%.
Ao observar os dados do ranking regional — considerando como base o primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2021 —, a composição ficou da seguinte forma:
- Norte (27,02%);
- Nordeste (22,79%);
- Centro-Oeste (15,81%);
- Sul (14,36%);
- e Sudeste (9,03%).
Por sua vez, na comparação entre março e fevereiro, o desempenho foi:
- Norte (28,28%);
- Nordeste (25,57%);
- Sul (24,73%);
- Centro-Oeste (20,86%);
- e Sudeste (20,36%).
Faturamento
Na métrica de faturamento, quando a comparação é entre os meses de março e fevereiro, a alta é de 24,62%. Já na análise entre março (2022 e 2021), a expansão é de 4,14%. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento é de 17,17%.
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O faturamento regional, usando a base de comparação o primeiro trimestre 2022 ante 2021, a composição foi:
- Nordeste (16,75%);
- Sul (15,18%);
- Norte (12,27%);
- Centro-Oeste (12,01%);
- e Sudeste (8,20%).
Já na comparação entre março ante fevereiro, ficou da seguinte forma:
- Sul (28,21%);
- Nordeste (27,81%);
- Norte (27,07%);
- Sudeste (22,96%);
- e Centro-Oeste (21,88%).
Participação do e-commerce no comércio varejista
Em fevereiro de 2022, o e-commerce representou 11,6% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 12,4%. Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 13 de abril.
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Categorias
Em fevereiro de 2022, a composição de compras realizadas pela internet, por segmento, ficou da seguinte forma:
- equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (42,5%);
- móveis e eletrodomésticos (28,7%);
- e tecidos, vestuário e calçados (10,5%).
Na sequência, destaque para:
- artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,2%);
- outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,4%);
- hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%);
- e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (1,8%).
Vale destacar que esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.
Consumidores Online
Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no primeiro trimestre de 2022 (janeiro a março), 17,5% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online.
Metodologia do MCC-ENET
Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, a Neotrust | Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro. Neste caso, utiliza-se adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro. Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV.
O MCC-ENET traz uma visão completa a respeito do e-commerce no país a partir da análise das seguintes variáveis:
- percentual nacional e regional de vendas online;
- faturamento do setor;
- e tíquete médio.
Outras métricas analisadas mensalmente são participação mensal do e-commerce no comércio varejista e crescimento do setor no varejo restrito e ampliado, além da distribuição das vendas por categoria. Por último, a penetração de internautas que realizaram ao menos uma compra trimestralmente pela internet também está contemplada no índice.
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Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação. Neste caso, ocorre porque tais dados ainda não são monitorados pela Neotrust | Movimento Compre & Confie.
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