Logo E-Commerce Brasil

Entregas de comida movimentam US$ 12 bilhões no Brasil, comenta presidente de food delivery do iFood

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Roberto-Gandolfo-presidente-food-delivery-no-iFood-move-24
Imagem: reprodução

Que os hábitos de consumo mudaram não é segredo para ninguém. Abordando novas tecnologias e tendências de comportamento, Roberto Gandolfo, presidente de food delivery no iFood, apresenta dados e especificidades ao redor do mundo para entrega de comida

Hoje em dia, quando se pensa em tendências de entrega imediatamente, imagens de robôs, drones ou até mesmo carros automáticos vem à mente. Porém, o executivo defende que, apesar de sim este ser o futuro, ainda falta escalabilidade e não será tão cedo que robôs serão comuns entregando comida pelas ruas. 

Ao redor do mundo, a cultura do delivery se mostra muito forte e empresas como Doordash, iFood, Delivery Hero e foodpanda já são parte da vida dos consumidores. A indústria de entregas alimentícias movimentou 552 bilhões de dólares em 2023. Até 2027, de acordo com dados do Euromonitor, as expectativas atingem US$ 825 bilhões.

Somente no Brasil, foram movimentados 12 bilhões de dólares. “A indústria já tem um tamanho relevante e a projeção de crescimento é ainda maior”, explica Gandolfo. 

Roberto-Gandolfo-presidente-food-delivery-no-iFood-move-24
Imagem: reprodução

Uma nova geração

Detalhando sobre o comportamento específico da Geração Z (1995 – 2010), algumas novidades despontam entre os mais jovens. A pandemia impulsionou uma grande mudança no delivery e na jornada dos consumidores, a nova geração trouxe novos hábitos que incluem saudabilidade, menos álcool – expansão de casas de suco –, hiper personalização e gamificação dentro do aplicativo. 

Porém, ainda sim, no caso das ocasiões de compra 88% dos pedidos são centrados no almoço e no jantar. O delivery no Brasil ainda precisa aprender a expandir as oportunidades na jornada de alimentação de um consumidor, reforça o presidente. Antigamente, a plataforma era vista como um espaço para consumir pizza e hambúrguer, mas hoje, outras categorias, como lanches, cafés e marmitas ganharam espaço – reforçando o investimento em novas ocasiões.

O mundo sob o ponto de vista do delivery

Menos de 10% das refeições são fruto do delivery – somente 8 de 90 são pedidos de entrega. Nos Estados Unidos, por exemplo, mensalmente há 300 milhões de entregas, consolidando fortemente o país nessa categoria. 

Entretanto, o mercado de delivery da China concentra mais de 3 bilhão de pedidos por mês, ou seja, 100 milhões de pedidos em um único dia. O palestrante reforça, não é apenas uma questão de escala populacional, o mercado é muito mais concentrado com novas ocasiões de compra. 

Por meio de pesquisas no país, Gandolfo traz a seguinte frase, de um lojista: “é mais barato oferecer comida no delivery do que no salão”, pontuando a diferença de mentalidade na China. 

Além disso, para que o delivery possa se disseminar de maneira similar no Brasil, o executivo apresenta quatro pontos chave para os empreendedores: redução de custos, embalagens simples, logística eficiente e tempo de produção reduzido.

E a tecnologia com tudo isso?

Fechando sua fala, o presidente reitera que o papel da inteligência artificial para trazer novas soluções de entregas é fundamental. “Precisamos de modelos mais sofisticados, que sejam capazes de capturar o comportamento humano e entregar uma experiência melhor”, defende. 

As inovações tecnológicas representam um salto no foodservice, pois podem ser exploradas na tomada de pedido, pagamento, preparação de pedido, logística e entrega. Da mesma forma, o ecossistema de logística se beneficia com melhores estimativas em tempo de entrega, recomendações para os consumidores e alocação do entregador.