Segundo os dados do E-commerce Quality Index (EQI), 2020 teve um grande salto em relação às informações online. O estudo, realizado pela Lett, apontou que entre 2019 e 2020, o número de produtos avaliados por consumidores online aumentou mais de 100%. Já em relação aos comentários que os consumidores escrevem nas páginas dos produtos dos e-commerce, o percentual foi ainda maior, 140%.
Além do número de avaliações e comentários nas páginas de produtos, o EQI também avaliou o número de imagens na página de produto, o tamanho da descrição dos itens e a facilidade de encontrar a mercadoria por meio do título ou categoria.
A combinação dos cinco atributos gerou a média do índice do e-commerce brasileiro. O resultado é de 43,26 pontos, em uma escala de 0-100. Sendo que o EQI recomenda uma nota de pelo menos 60 pontos para representar uma boa experiência de compra online.
Porém, mesmo o e-commerce brasileiro tendo uma pontuação abaixo do esperado, de acordo com avaliação da pesquisa, pode-se perceber uma grande evolução entre o índice do EQI de 2020 e o do ano anterior. Em 2019, a média dos sites do Brasil ficou em 30 pontos. Em apenas um ano o e-commerce do país teve um crescimento de 8%.
Na pesquisa, foram analisados 92 e-commerces e marketplaces brasileiros, como Magazine Luiza, Walmart, Netshoes e Lojas Americanas. No total, foram coletados dados de mais 5 milhões de páginas de produtos.
Outro indicador positivo mostrado pela pesquisa está relacionado às imagens nas páginas de produtos. Em 2019, a média de fotos por mercadoria era de 2,65 enquanto que este ano são mais de 3 por item. Portanto, um crescimento de mais de 16% em relação a média de imagens por produto.
Um estudo feito pela Rakuten aponta que 91% dos consumidores se sentem mais atraídos ao realizar uma compra se a oferta mostrar fotos ou vídeos. Para Davi Song, CEO da Lett, os números do EQI 2020 refletem avanços significativos na experiência de compra online.
“Os dados da pesquisa mostram que o mercado eletrônico brasileiro está melhorando. As empresas estão mais conscientes em relação à satisfação do consumidor final e à experiência de compra. Em contrapartida, o ele também está mais participativo, classificando e avaliando os produtos no e-commerce”.
De uma maneira geral, o estudo também mostra que, dos 92 e-commerces analisados, apenas 5 atingiram uma nota acima de 60 — ou seja, acima da nota indicada pelo EQI como positiva. Isso representa somente 5,43% dos e-commerces do estudo.
“Sem dúvida a pandemia e o isolamento social impulsionaram as vendas no e-commerce em uma velocidade recorde. Mas, todo esse cenário também nos mostrou o quanto ainda devemos evoluir no digital. O e-commerce que já é uma realidade mundial há muitos anos e os consumidores devem ter um bom serviços independentemente da forma ou modalidade de compra”, disse Song.
Na análise do EQI, também foi levado em consideração a divisão dos sites por segmento. Destaque para a categoria “Eletro” com o maior índice calculado pelo estudo, com 47,75 pontos. “Saúde e Beleza” e “Fashion” conquistaram o segundo e terceiro lugar na classificação da pesquisa. As categorias “Marketplace”, “Casa & Cia” e “Produtos de alto giro”, respectivamente, foram os grupos de produtos de pior desempenho na análise do EQI 2020.
A realização do estudo contou com a parceria das empresas Opinion Box e Neotrust.