De acordo com o estudo Consumer Life, da GfK, ao menos seis em cada dez brasileiros (62%) acreditam que agora não é um momento bom para comprar. Por outro lado, 38% dos consumidores concordam que é importante mimar-se regularmente. Outro ponto interessante apresentado no levantamento é que 81% dos brasileiros acham importante as empresas tomarem medidas ambientais.
Por conta das diferentes percepções e necessidades que cada consumidor tem, a experiência de compra é diferente para cada um deles. Sem mencionar que os esforços empregados pelas empresas no processo para atrair esses clientes é feito de formas diversas. Afinal, cada busca é iniciada em um local específico e com motivações variadas, de acordo com a necessidade de cada indivíduo.
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Pensando nisso, a GfK compartilha cinco estratégias específicas para conquistar a lealdade do consumidor através da percepção de seu comportamento.
Pemiunização para aumentar margem e fidelidade à marca
A confiança dos consumidores está em declínio, uma vez que eles sentem a pressão da crise diretamente no custo de vida. E, de acordo com a pesquisa da Consumer Life, da GfK, uma das maneiras deles se presentearem é por meio da compra de produtos premium. Portanto, a empresa precisa ver esse público como sendo o centro dessa ação.
A chave para a fidelidade será:
- investir em identidades de marca mais fortes;
- assumir compromissos sociais ou criar estratégias que se alinhem com os valores sociais e de consumo;
- oferecer experiências ousadas ou produtos que vão além da funcionalidade para criar conexões emocionais com os consumidores.
Conhecer o consumidor
A pandemia passou para uma fase endêmica na maioria dos mercados globais. No entanto, isso não significa que seu impacto no comportamento do consumidor, valores e prioridades desaparecerão. Agora é o momento para marcas e varejistas repensarem a segmentação de clientes para entender as novas tendências em seu mercado. Ou seja, criar personas de consumo que reflitam a realidade demográfica em 2022 e assim auxiliá-los na criação de estratégias mais eficazes para os seus negócios.
Visar consumidores recém-conectados com dispositivos inteligentes e multifuncionais
É preciso aproveitar a crescente demanda por dispositivos que reflitam os consumidores recém-conectados. Para tanto, uma das dicas é criar wearables que se integrem com IoT ou dispositivos que ofereçam múltiplas funções ao mesmo tempo. A chave, neste caso, é agregar valor, capacitando os consumidores finais com novos casos de uso. Esse alcance pode ser feito por dispositivos que mais utilizam em canais de marketing digital de conversação e aplicativos de fácil utilização, entre outros.
Criar jornada de consumo sem interrupção
A Jornada do Consumidor é o processo pelo qual um consumidor passa desde o início de sua busca por uma compra — ou o chamado “zero moment of truth”. Trata-se do espaço que ele utiliza para pesquisar suas opções; aprende sobre a marca; lê as revisões e classificações de outros usuários; e avalia minuciosamente sua decisão de compra antes que a transação seja finalizada.
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A pandemia acelerou a migração das vendas de tecnologia e bens duráveis para os canais online. Com isso, criou-se novos e valiosos insights sobre o comportamento do consumidor ao longo do caminho. Mas nem as marcas nem os varejistas devem olhar para um dos canais isoladamente.
Em vez disso, precisam adotar estratégias holísticas e omnichannel, para que não haja interrupção na jornada de consumo. Aliás, isso deve ocorrer independentemente do canal que este indivíduo escolha para fazer compras. Dessa forma é possível motivar o consumidor o suficiente para que a viagem termine no destino desejado — a conclusão da compra.
Apostar na sustentabilidade e ter todas as recompensas do “first mover”
O campo está aberto quando se trata de sustentabilidade ambiental e social no consumo de tecnologia e bens duráveis. Ao agir à frente do resto do mercado, marcas e varejistas podem ir além de criar uma diferenciação clara em sua identidade de marca para agregar valor. Ou seja, também podem compensar os riscos potenciais no futuro de não agir sobre essas questões globais primordiais.
O estudo GfK Consumer Life mostra que a preocupação dos brasileiros com a preservação ambiental vem aumentando desde 2015. Em 2022, inclusive, já representa a resposta de 64% do público, sendo um dos 10 valores mais mencionados por eles.
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No Brasil, em especial, há um interesse genuíno em preservar o meio ambiente. Porém, os consumidores não sabem que tipo de ações podem tomar. Segundo dados, 60% dizem que poderiam fazer mais pelo meio ambiente, mas não sabem como fazê-lo. Independentemente de os consumidores saberem como agir em favor do meio ambiente, a principal linha de ação seria as empresas desempenharem um papel mais ativo neste tipo de problema.
Muito além do preço e da conveniência
Como mostrado no início, 81% dos brasileiros acham que é importante que as empresas tomem ações ambientais. Neste caso, pode ser com a utilização de materiais biodegradáveis, ingredientes ecologicamente corretos ou outros. Esta colocação vai ao encontro de vários estudos realizados globalmente. Como, por exemplo, o desenvolvido pela National Retail Federation (NRF), realizado em 28 países. Ele mostra que para os consumidores os valores associados à marca superam de longe o preço ou a conveniência.
“Hoje, a linha entre o digital e o físico é praticamente indefinida, criando uma realidade única e omnichannel que leva os consumidores a iniciar a jornada de quase qualquer categoria em mídia online e seguir o caminho de ida e volta entre o digital e o físico. A partir da consulta e comparação de preços, pesquisa de estoque e informações gerais sobre produtos, a busca de informações online está presente durante toda a jornada do consumidor. As marcas devem entender que o mundo de hoje é omnichannel e é essencial pensar em estratégias unificadas para toda a jornada do consumidor, em todas as mídias e canais disponíveis”, diz Felipe Mendes, diretor-geral da GfK na América Latina.
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