O mercado de programas de fidelidade está em crescimento no Brasil, conforme aponta balanço recente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF). De acordo com o levantamento, o resgate de pontos e milhas pelos participantes subiu 18,3% em 2023, na comparação com 2022. Só no último trimestre do ano passado, o faturamento das empresas de fidelidade aumentou 13,6%, chegando a R$ 4,8 bilhões no período.
Também cresceu a quantidade de cadastros nos programas. Ao fim de 2023, eram 312,5 milhões, ou 5,4% a mais que em 2022. Já as transações realizadas pelos participantes de programas se elevaram em 9,7% na mesma comparação.
A taxa de breakage (pontos/milhas expirados) atingiu seu menor patamar desde 2020, com 13,1% ao término de 2023.
Os dados são um sinal claro de que as iniciativas de fidelização seguem despertando o interesse dos brasileiros
Martin Holdschmidt, presidente da Abemf
A expansão do mercado de programas de fidelidade é atestada por players do setor. A Alloyal, startup de Minas Gerais que se posiciona no mercado brasileiro como uma Loyalty Tech (empresa de tecnologia para soluções em programas de fidelidade), ultrapassou em 2023 a marca dos R$ 100 milhões em vendas anuais, o dobro em relação a 2022.
Os clientes pedem experiências mais personalizadas e mais marcantes. Mais do que fiéis, tornam-se fãs, leais à marca. Então, a era do cupom ficou para trás. Cabe a nós, players desse mercado, desenvolver soluções que contemplem esse anseio do consumidor
Aluísio Cirino, CEO da Alloyal
Segundo a ABEMF, entre as dez características de ações de fidelização que mais causam sensações positivas surgem, existe empate técnico nos três primeiros lugares: obter cashback (33%), obter cupons de desconto (31,5%) e somar pontos (31,4%).
A possibilidade de receber benefícios por compras que já faria de qualquer forma é o principal motivo pelo qual consumidores participam dos programas de fidelidade. E, ainda segundo a ABEMF, 80,8% dos consumidores conseguiram alcançar algum benefício relevante em 2023, mostrando uma grande interação com os programas de fidelidade.
Veja abaixo alguns insights do levantamento “Panorama da Fidelização no Brasil 2023” realizando pela ABEMF em 2023. Para ter as informações completas do estudo, clique aqui.
. 80,9% dos respondentes participam de programas de fidelidade, sendo que 53,6% deles fazem parte de até três programas.
. Entre as dez características de ações de fidelização que mais causam sensações positivas surgem, em empate técnico nos três primeiros lugares: obter cashback (33%), obter cupons de desconto (31,5%) e somar pontos (31,4%).
. 83,2% dos respondentes concordam (totalmente ou em parte) que “os programas de fidelidade dos quais sou membro melhoraram a minha experiência e jornada de compra com a marca”.
. Para 82,7% dos entrevistados, o reconhecimento (receber um obrigado, badges ou tratamento diferenciado) é um item importante na relação marca-consumidor.
. A possibilidade de receber benefícios por compras que já faria de qualquer forma é o principal motivo pelo qual participam dos programas de fidelidade, de acordo com 53,8% dos entrevistados.
. 43,4% enxergam essas iniciativas como uma oportunidade de economizar dinheiro, ou fazê-lo render mais. Já realizar um sonho, ao resgatar uma viagem, por exemplo, é a motivação de 20% dos participantes de programas de fidelidade.
. Os tipos de recompensas mais citadas foram: descontos exclusivos (45,9%), frete grátis para todas as compras (41,1%), produtos ou serviços de marcas parceiras grátis ou com desconto (25,8%), entrega mais rápida (24,5%), ofertas personalizadas (22,4%) e brindes da marca (20,7%).
. 80,8% dos respondentes conseguiram alcançar algum benefício relevante no último ano, mostrando uma grande interação com os programas de fidelidade.
. 64,1% acham que atualmente os programas de fidelidade trazem benefícios tanto para companhias quanto para os consumidores.
. Das empresas que oferecem os principais programas de fidelidade ou ações de fidelização que conhecem, 93,9% acreditam que elas são confiáveis e transparentes.
. 45,4% entendem que as ações de fidelização e benefícios oferecidos estão melhores em relação ao período da pandemia e 37,2% acreditam que seguem iguais ao período pré-pandemia.