Boatos são como fogo na palha, e se espalham com facilidade, ainda mais no ambiente digital. Visando eliminar qualquer dúvida sobre uma suposta taxação sobre plataformas de tecnologia, como Amazon, Facebook, Instagram, Google e Spotify, o ministro da economia Fernando Haddad se pronunciou no X (antigo Twitter) negando o burburinho.

A história de uma suposta taxação de tais empresas alastrou-se a partir de uma possível retaliação do governo brasileiro sobre a série de impostos distribuídos pela nova gestão dos Estados Unidos. O governo de Trump estuda aumentar em até 25% os impostos cobrados em cima do aço e do alumínio importados de outros países, sendo o Brasil um deles.
Segundo um levantamento realizado pelo Poder 360, mais de US$ 6,3 bilhões (cerca de R$ 36,2 bilhões) em produtos de ferro, aço e alumínio saíram dos portos brasileiros em direção aos EUA em 2024.
Hipotéticamente, qual seria a taxa?
Pela internet, circulava a ideia de que haveria uma “taxa digital”, ou “digital tax”, já aceita e aprovado em alguns países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, Organisation for Economic Co-operation and Development) do qual o Brasil faz parte.
Em 2023, Haddad chegou a discutir a ideia como uma forma de apoio à indústria nacional, mas não houve resolução sobre o assunto desde então.
Haddad desmente boato
Haddad foi categórico ao afirmar que o governo brasileiro só se baserá em fatos concretos para a decisão de novos impostos. Em sua rede social, ele escreveu: “Para não deixar dúvida, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil”.
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