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Impacto no e-commerce: Câmara aprova o fim da isenção para compras internacionais de até US$ 50

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Nesta terça-feira (28), a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base de um projeto que elimina a isenção para compras internacionais de até US$ 50. O novo imposto sobre essas transações será de 20%, conforme acordo entre o Congresso e o governo federal.

As compras internacionais via e-commerce mais que dobraram em 2023 se compararmos com o ano anterior, aumentando a relevância da discussão sobre tributação.

Os deputados estão agora analisando os destaques (sugestões de alteração no texto). Após essa etapa, o projeto será encaminhado ao Senado.

Histórico do projeto

O relator, deputado Átila Lira (PP-PI), incluiu o fim da isenção em um projeto governamental que visa estimular a indústria de veículos sustentáveis. Inicialmente, a proposta previa a aplicação do imposto de importação federal de 60%. Atualmente, compras internacionais abaixo de US$ 50 são taxadas apenas pelo ICMS estadual, com uma alíquota de 17%.

Após semanas de negociação, o relator e o governo chegaram a um consenso, estabelecendo uma taxação de 20%. Os detalhes foram finalizados nesta terça-feira em reuniões entre a equipe econômica e parlamentares.

Plenária da Câmera dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), discutiu a proposta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora inicialmente contrário à taxação, Lula aceitou negociar. Parlamentares defendem a medida como uma forma de proteger a indústria nacional, apesar de reconhecerem que a proposta pode ser “antipática” ao público.

Em sua justificativa, Átila Lira afirmou que a isenção preocupa a indústria nacional.

“Propomos revogar a possibilidade de importações via remessa postal que hoje estão isentas, para não gerar desequilíbrio com os produtos fabricados no Brasil”.

Átila Lira

A Secretaria da Receita Federal informou que, se mantida a isenção para compras internacionais de até US$ 50, haveria uma “perda potencial” de arrecadação de R$ 34,93 bilhões até 2027.