O marketing digital está passando por uma grande transformação com a ascensão dos influenciadores virtuais, que estão superando os humanos em termos de engajamento. Segundo um estudo do HypeAuditor, as personalidades criadas por inteligência artificial alcançam taxas de engajamento impressionantes, chegando a 6,5% – um valor que supera a média dos influenciadores humanos, cujas taxas geralmente ficam aquém desse nível.
Esses dados mostram que a nova geração de influenciadores, com personagens gerados por computador, está atraindo a atenção de marcas de diversos setores. Sem enfrentar limitações humanas, como fadiga ou polêmicas pessoais, essas figuras digitais oferecem às empresas uma alternativa segura e eficiente, possibilitando campanhas publicitárias contínuas e sem interrupções.
Apesar do crescimento dessas personalidades virtuais, o debate sobre autenticidade e conexão emocional ainda está em aberto. Luiz Guardieiro, diretor de Receita da P3, ressalta que muitas marcas e consumidores ainda preferem interações com influenciadores reais, já que estes trazem experiências de vida e vulnerabilidades que geram laços emocionais genuínos com o público.
“Os números falam por si: os influenciadores virtuais não são apenas uma tendência passageira, mas uma realidade que está moldando o futuro do marketing digital. As marcas que buscam maior controle sobre suas campanhas e desejam evitar riscos estão cada vez mais investindo nessas figuras digitais, que podem ser totalmente programadas para atender às necessidades específicas de cada projeto”, afirma Guardieiro.
À medida que a tecnologia avança e personagens digitais se tornam cada vez mais realistas, é esperado que o debate sobre ética e os impactos dessa substituição no marketing continue a crescer.
Por enquanto, os influenciadores virtuais se consolidam como uma solução eficaz para as marcas, porém os influenciadores humanos enfrentam o desafio de manter sua relevância em um cenário de rápida evolução tecnológica.