Uma das grandes vantagens de ter sua loja no ambiente virtual é poder personalizar o conteúdo entregue ao consumidor e, com isso, converter o resultado em vendas. No entanto, criar essa conexão com o cliente não é uma tarefa tão simples, mas as redes sociais estão aí para facilitar o caminho.
Uma forma de conquistar a melhor performance da sua marca no digital é a partir do uso de Inteligência Artificial e de dados na hora de produzir um conteúdo certeiro nas redes. Esse aliás, foi tema da palestra do Head de Produtos da All iN, Ricardo Rodrigues, durante o “The Future of E-commerce 2021 | Social”, evento realizado nesta quinta-feira, 4, pelo E-Commerce Brasil.
Dados das pesquisas “Social Commerce” e “A jornada de compra na Black Friday 2021” mostram que 76% dos consumidores usam as redes sociais para pesquisar produtos e 56% deles buscam a avaliação de outros clientes antes de efetuar a compra. Desses, 73% avaliam pelo Facebook e 64% pelo Instagram.
“Esses dados são para convencer quem ainda não entendeu porque as redes sociais são tão importantes na jornada do cliente”, aponta Rodrigues. Pensando nisso, ele faz uma breve explicação sobre as três etapas desse processo, que devem ser consideradas para direcionar o uso de dados e inteligência por quem deseja conseguir bons resultados no online.
“São três etapas: a consideração, a avaliação e a conversão”, explica. Segundo ele, é importante direcionar mensagens adequadas para cada consumidor em cada um desses momentos. “A interação em cada etapa é diferente. Não dá para falar com alguém que está considerando a compra como se essa pessoa já estivesse pronta para comprar”.
Inteligência e dados
Com a ajuda de dados é possível entender em qual fase de tomada de decisão o cliente está. Ao coletar informações sobre se o cliente clicou no e-mail enviado pela sua loja, se ele viu o vídeo ou procurou por produtos no site, fica mais fácil entender como a empresa deve interagir para conquistá-lo.
“Muitos lojistas já possuem essas informações ou sabem como conseguir esses dados”, pontua Rodrigues. Mas é importante lembrar que nunca se deve coletar dados sem a autorização do usuário.
Para exemplificar, o Head de Produtos da All iN trouxe uma pesquisa interna que apontou que a chance de uma pessoa abrir um e-mail sobre a sua loja é maior, caso ela já tenha feito isso das últimas vezes que a mensagem foi enviada.
Outro exemplo mostra que quem visitou seu site tem maior chance de abrir o e-mail que você enviou, quando comparado a quem não visitou. “Esses dados não são difíceis de serem adquiridos pelos lojistas”, enfatiza.
Prever intenções com Inteligência Artificial
Dados assim podem ser usados para criar um modelo preditivo de uma nova amostra de dados. Assim, o algoritmo poderá dizer se a pessoa, a partir da previsão do comportamento dela, está mais próxima de um comprador em potencial ou não.
“Uma vez que você tem esse tipo de dado ou algoritmo, você pode usa-lo para direcionar campanhas nas redes sociais”, afirma Rodrigues.
Na prática, funcionaria assim: dados de um grupo de clientes com determinado comportamento seriam coletados e aplicados em uma rede social, como o Facebook. A partir daí, se cria uma campanha look-a-like, em que, pelo e-mail das pessoas do grupo, o Facebook criptografa e informa se elas estão na rede. Com o resultado, é possível encontrar pessoas semelhantes a essas e direcionar comunicação e interação da sua loja com elas, já sabendo que seriam possíveis clientes.
“Essa é uma forma de aprender com o dado, criar audiência e buscar pessoas parecidas para aumentar seu alcance na rede social”, conclui.
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Por Marina Teodoro, da redação do E-Commerce Brasil.