Jack Ma, cofundador do Alibaba, surpreendeu o público ao revelar o “Hangzhou Ma’s Kitchen Food”, seu mais novo empreendimento. De acordo com fontes chinesas, trata-se de um investimento de US$ 1,4 milhões focado no processamento e venda de produtos agrícolas embalados.
O retorno de Ma ao cenário empresarial em meio a medidas regulatórias rigorosas levanta especulações sobre seu futuro e o possível impacto no setor agrícola. Isso porque o bilionário está cada vez mais envolvido nos setores da agricultura e educação — além de impactar na agricultura, ele busca levar a educação em áreas rurais, refletindo seu compromisso social.
A Ma’s Kitchen abrange a comercialização de alimentos pré-embalados, assim como o processamento primário e a venda no varejo de produtos agrícolas comestíveis. Vale lembrar que, em 2022, o mercado chinês de refeições prontas valia cerca de US$ 10 bilhões, um aumento perto de 28% em relação a 2018 de acordo com a Euromonitor International.
Quem estará com Jack Má
Jason Pau, diretor executivo de programas internacionais da Fundação Jack Ma (instituição filantrópica estabelecida pelo bilionário em 2014), assume os cargos de diretor executivo e gerente geral na empresa. Xu Shi, também ex-executivo da fundação de Ma, atua como supervisor na recém-criada empresa.
A presença de altos funcionários de sua fundação na administração da nova empresa sugere uma integração de valores e princípios sociais mais amplos. Ainda assim, o sucesso a longo prazo dependerá da habilidade de Ma em navegar pelas complexidades regulatórias, das condições de mercado e do impacto social global.
Embate às regulamentações
Em relação à regulamentação da China, tudo indica que a empresa de Má utilizará tecnologias de ponta para revolucionar as práticas agrícolas — tudo para estabelecer um compromisso conjunto com a gestão ambiental e práticas comerciais responsáveis.
A Hangzhou Ma’s Kitchen Food é de propriedade integral de uma entidade chamada Hangzhou Dajingtou No. 22 Arts and Culture. De acordo com o Qichacha (um provedor de dados corporativos na China), Ma detém 99,9% de participação da companhia.
Um ponto importante a salientar é que o Brasil exporta significativas quantidades de produtos agrícolas para a China — incluindo soja, carne bovina e minério de ferro. Portanto, a nova empreitada de Má pode elevar essas exportações e afetar positivamente o setor agrícola brasileiro.