No quarto trimestre de 2021, as vendas totais do Magazine Luiza cresceram 4,1% e atingiram R$ 15,5 bilhões na soma do varejo físico, digital e do shopping virtual (marketplace) da companhia. As vendas digitais avançaram 16,9%, sobre um crescimento de 120% no mesmo período do ano passado. O comércio eletrônico representou 71,6% das vendas totais no último trimestre de 2021, ante
63,8% de outubro a dezembro de 2020.
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Em 2021, as vendas do e-commerce do Magalu avançaram 39,4% e atingiram R$ 39,8 bilhões. No e-commerce com estoque próprio, as vendas evoluíram 28,4%, enquanto o marketplace cresceu 68,8% e atingiu R$ 13,1 bilhões em vendas no ano. No mesmo período, as vendas totais da companhia cresceram 27,8% para R$ 55,6 bilhões.
Quanto aos estoques da companhia, que estavam acima da média no terceiro trimestre de 2021, a empresa afirma que “ajustando-se pela aquisição da Kabum e pelas provisões realizadas no terceiro trimestre, a companhia tem melhorado rapidamente o giro dos estoques desde o final do ano, uma tendência que deve se refletir em uma redução de mais de R$ 1 bilhão no saldo de estoques nos primeiros meses de 2022”.
Maior posição de caixa total de sua história
Na fintech da empresa, o volume total de transações processadas superou R$ 65 bilhões em 2021, alta de 82,5%. Em dezembro, a base de cartões de crédito atingiu a marca de 7,2 milhões, alta de 35,5% comparado ao mesmo mês do ano anterior. O faturamento de cartão de crédito cresceu 41,1% em 2021, e atingiu R$ 41,1 bilhões no período, sendo R$ 12,7 bilhões no quarto trimestre. Já o MagaluPay chegou à marca de 4,8 milhões de contas no fim de 2021.
No final de 2021, o Magalu alcançou uma posição de caixa líquido ajustado de R$ 5,5 bilhões e a maior posição de caixa total da sua história, no valor de R$ 12,3 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 4,1 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 8,2 bilhões.
A companhia captou R$ 3,9 bilhões na oferta subsequente de ações em julho de 2021 e reforçou a sua posição de caixa no trimestre com captações de debêntures no valor de R$ 4 bilhões, com prazo total de pagamento de 5 anos.
Prejuízo de R$ 79 mi no quarto semestre
O Magazine Luiza apresentou lucro líquido de R$ 93 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 57,6% em relação ao mesmo período de 2020. No resultado ajustado, que retira da conta os valores não recorrentes, houve prejuízo líquido de R$ 79 milhões — que reverte lucro líquido ajustado de R$ 232,1 milhões no mesmo período do ano passado. Na linha do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), o resultado foi negativo em R$ 7,9 milhões, ante R$ 504,7 milhões registrados um ano antes. O desempenho foi impactado positivamente por créditos fiscais.
A margem Ebitda ajustada da companhia (que mede a rentabilidade operacional da empresa) foi de 2,6%, bem abaixo dos 5,2% registrados um ano antes. Se considerado o valor sem ajuste, a margem foi negativa em 0,1%, ante os 5% positivos apresentados um ano antes.
Segundo a gerente de relações com investidores do Magazine Luiza, Vanessa Rossini, essa queda de rentabilidade se relaciona com as vendas mais fracas em lojas físicas. Essa frente de vendas despencou 18% no trimestre em comparação com o mesmo período de 2020. Com as vendas mais concentradas no online — que avançou 60% nas vendas de produtos de lojistas virtuais e 17% na venda de estoque próprio — houve “menor diluição das despesas de lojas”, explica Rossini.
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Ela diz ainda que pesou nas lojas físicas a conjuntura econômica do País, bem como uma base de comparação forte registrada um ano antes. No quarto trimestre de 2020, as vendas de lojas físicas cresceram 15,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2019.
“O cenário macroeconômico nos fez fazer ajustes táticos, sem mudar a estratégia”, diz o vice-presidente de Negócios do Magazine Luiza, Eduardo Galanternick. Ele explica que, por acreditar em crescimento com rentabilidade, a empresa não se dispõe a queimar caixa de forma deliberada para manter altos crescimentos.
Questionado a respeito da participação de produtos de menor valor agregado e maior recorrência, itens que garantiram um resultado positivo para a Americanas SA no trimestre, Galaternick afirma diz que novas categorias têm crescido no negócio. “As categorias não tradicionais (que excluem eletroeletrônicos e eletrodomésticos na conta) representam 45% do GMV online na companhia. Desde produtos de tíquete mais baixo, até produtos do Kabum, que têm tíquete mais alto”, diz.
“Essas aquisições que fizemos, que eram a estratégia para aumentar essa penetração (de categorias não tradicionais) foi superbem sucedida. São negócios que não demandam grandes investimentos. Netshoes, por exemplo, deu o maior lucro da história esse ano, com R$ 135 milhões. Essa estratégia vem cumprindo o papel”, complementa.
Ele argumenta que esse aumento foi “ofuscado” pelo crescimento das categorias tradicionais da empresa nos últimos dois anos. “Crescemos no 1P (vendas online de estoques próprios e não de lojistas virtuais) 120% em dois anos”, afirma. No quarto trimestre, porém, esse segmento avançou apenas 1% frente o mesmo período de 2020.
Fonte: Broadcast
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