Uma pane generalizada nos sistemas da Microsoft ocorreu no começo da manhã desta sexta-feira (19), forçando a suspensão de voos, sistemas financeiros internacionais, redes de televisão e outros negócios ao redor do mundo.
De acordo com as agências internacionais, os usuários mais afetados pelo “apagão cibernético” foram, justamente, os clientes da empresa desenvolvedora de softwares. O motivo do apagão global foi uma pane no sistema da CrowdStrike, causada por uma atualização. A ferramenta de segurança cibernética é utilizada pelo sistema de segurança Falcon pela Azure, a plataforma de computação em nuvem da Microsoft.
Resolução
Em comunicado, a empresa relatou que o problema havia começado na noite de quinta-feira (18), desestabilizando sistemas em todo o centro dos Estados Unidos.
Além disso, a Microsoft afirmou que a causa da pane foi consertada (por volta das 8h30 da manhã no horário do Brasil). No entanto, o Microsoft 365, também conhecido como Office 365, segue apresentando falhas.
O que aconteceu?
Usuários começaram a relatar o aparecimento da “tela azul da morte” em suas máquinas, um problema que é comum, mas pode indicar problemas graves de sistema. A tela azul aparece quando o sistema do Windows identifica problemas variados, seja de hardware, drive, arquivos corrompidos ou instabilidades no software.
Isso ocorreu porque o CrowdStrike Falcon, software da empresa CrowdStrike, está passando por um problema de atualização, que ocasionou uma interrupção de serviços a nível global. Muitos dos sistemas utilizados em caixas eletrônicos, aeroportos, letreiros digitais e redes de televisão, são hospedados em máquinas que utilizam o Windows como sistema operacional, daí a pane generalizada.
Os efeitos da falha também foram sentidos em aeroportos. Nos EUA, companhias aéreas como a United, American Airlines e Delta, suspenderam seus voos devido a problemas de comunicação, segundo a Administração Federal de Aviação.
Na Europa, o aeroporto de Berlim Brandenburg (Alemanha) também suspendeu voos devido a um “problema técnico”, assim como na Espanha, Reino Unido e Austrália, cujos “problemas de TI”, levaram os terminais de embarques aéreos e rodoviários a formarem grandes filas pelos cancelamentos e remarcações.
Enquanto no Brasil, foram detectadas instabilidades foram identificadas em alguns bancos e fintechs, como Bradesco, Next, Pan e Neon. Os dados são do Downdetector. Nas redes sociais, usuários também relataram dificuldades e mensagens de erro ao fazer pagamentos nessas instituições financeiras.
A palavra do CEO
O presidente e CEO da CrowdStrike, George Kurtz, afastou a possibilidade de ataque cibernético, informando que o incidente pode estar relacionado ao antivírus corporativo da empresa.
Na rede social X (antigo Twitter), o executivo disse que a empresa está trabalhando para normalização e correção do problema:
“Indicamos aos clientes o portal de suporte para obter as atualizações mais recentes e continuaremos a fornecer atualizações completas e contínuas em nosso site. Recomendamos ainda que as organizações garantam a comunicação com os representantes da CrowdStrike por meio de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike.”