O pix automático tem previsão de lançamento para junho de 2025, de acordo com o Banco Central (BC). A solução deve ser um aprimoramento do débito automático e poderá ser oferecida por qualquer empresa que trabalhe com pagamento ou assinaturas recorrentes.
Breno Lobo, chefe de subunidade do Banco Central, explica: “o Pix Automático vem para corrigir uma falha de mercado por não existir um arranjo de débito direto interbancário. Para o débito automático, empresa e cliente precisam ter conta no mesmo banco, então, uma empresa – em geral grandes utilities – tem contas em vários bancos para poder atender o maior número de clientes possível”.
Outra opção é o pagamento das assinaturas através do cartão de crédito; porém, o executivo explica que não são todas as pessoas que possuem acesso ao cartão ou ainda possuem limites mais baixos. “O Pix Automático traz competição para o mercado – qualquer participante pode usar a solução –, amplia o leque de empresas que podem oferecer e reduz os custos, já que não precisa ter contas em várias instituições bancárias”, sintetiza.
Já para Gabriel Cohen, head de regulação financeira da Stone, a função deve reduzir a inadimplência dos clientes e diminuir os custos dos comerciantes – resultando em mais vendas.
“Este é um modelo que permitirá fomentar a adimplência. É uma iniciativa certeira e reduz os custos envolvidos. Para o varejo, diminuem os custos, vende-se mais e em um ambiente completamente abertos”, declarou Cohen.
Pix por aproximação
Mais um assunto que está em discussão no Banco Central é o pix por aproximação. Qualquer solução privada pode ser lançada por meio da regulação do open finance, porém o BC deve padronizar como a informação será transmitida entre os dispositivos NFC envolvidos na transação.
No futuro, as transações feitas por meio do pix por aproximação offline poderão ser através de cartões ou tags ou vestíveis. “Queremos saber se ela pode ser facilmente implementada por qualquer agente, seja um IPP (iniciador de transição de pagamento), seja um provedor de máquina POS ou outra solução”, comenta Lobo.