Aquela velha obrigação de ir até o mercado e fazer uma boa compra do mês mudou muito nos últimos dois anos. Afinal de contas, arrastar o carrinho para lá e para cá, pegar fila para passar as compras, ensacar cada item, pagar, colocar novamente dentro do mesmo carrinho, ir até o carro, descarregar as compras, voltar para casa, tirar as compras e enfim guardá-las fez o consumidor parar, respirar e perceber que não era necessário fazer todo esse roteiro.
Hoje, o e-commerce já representa mais de 10% do total das vendas de supermercados no Brasil, ou seja, 30 bilhões de reais desse setor estão vindo de compras online. Além disso, o setor de alimentos e bebidas foi o que mais cresceu online na pandemia, em quase 250%, segundo pesquisa feita pela Ebit Nielsen.
Com o assunto tão em alta, selecionamos quatro cases de sucesso apresentados no evento do E-Commerce Brasil – Grocery & Drinks, que mostram alguns caminhos e pontos de atenção que podem servir de inspiração e ajuda para quem vende nesta categoria.
Tenda Atacado: a força do atacarejo no omnichannel
Marcos Samaha, CEO do Tenda Atacado, destacou o crescimento do cash & carry e atacarejo. O setor de alimentos apresentou crescimento especialmente na pandemia, quando as pessoas passaram a buscar preços mais competitivos após a diminuição de renda com a crise do coronavírus.
Para Samaha, quem não se adapta, é atropelado. Segundo ele, o segredo para o preço baixo está vinculado a duas práticas: simplicidade e estrutura de custo leve. “Esse é o ponto fundamental que toda empresa de cash & carry deve considerar e, principalmente, manter”.
Abaixo você encontra o vídeo da palestra completa.
Supermercado Zona Sul: supermercado online do primeiro clique aos desafios logísticos
Alguns anos atrás, fazer compras de supermercado por meios digitais parecia algo distante do cotidiano do brasileiro. “Coisa de quem gosta de tecnologia”. Hoje, até mesmo o mercadinho de bairro precisou se adaptar à nova realidade que, impulsionada pela pandemia, praticamente obriga a presença de todos os modelos de negócio no digital.
Para acompanhar essa tendência, as redes de supermercados estão tendo que se superar para se adequar e atender às necessidades dos clientes. “É preciso entender como essa mudança impacta nas nossas decisões e no nosso dia a dia. Se questionar, como, na configuração do meu negócio, eu consigo incluir o digital sem prejudicar a experiência que meu cliente tem no meu ponto físico”, avalia o head de digital do Supermercado Zona Sul, Paulo Ballestero.
No vídeo abaixo você pode assistir a palestra na íntegra.
Case Hortifruti Natural da Terra
A aplicação do WhatsApp como meio de comunicação pessoal está consolidada na maioria dos países, mas o uso profissional tornou-se algo mais corriqueiro nos últimos meses. Com a pandemia, principalmente, qualquer forma de encurtar bloqueios e gerar lucro foi vista com bons olhos e, dessa forma, o Hortifruti Natural da Terra reforçou suas vendas digitais por meio do app.
“A gente faz mais de 60 mil pedidos por mês nesse negócio [WhatsApp], e agora a gente vem focado em dar o segundo passo. Mas o que é um segundo passo em um canal que tem mais de 80% em NPS, que faz 60 mil pedidos e tem um share super representativo dentro da companhia?”, provoca Nilton Moura, Head de Digital Commerce – Hortifruti Natural da Terra
Veja o vídeo completo e inspire-se no case.
Dark Store da Rappi e Zé Delivery: superapps e a experiência do cliente
Entregas em 15 minutos não é mais novidade para quem é consumidor nato de canais digitais. Isso só se torna possível em grandes metrópoles através de centros de distribuição que fogem dos modelos tradicionais. As Dark Stores trazem como principais benefícios o aumento da eficiência para conduzir a operação.
Mariam Topeshashvili, Diretora de Dark Store da Rappi Brasil, e Rafael Szarf, COO do Zé Delivery contaram neste bate-papo suas estratégias para este novo momento.
Veja o bate papo completo abaixo:
Por Paola Cecchi da redação E-Commerce Brasil