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Ressocialização de presidiárias através do e-commerce acontece no Pará

Por: Vivianne Vilela

Diretora de Conteúdo do E-Commerce Brasil

Vivianne Vilela atua como Diretora de Conteúdo, do E-Commerce Brasil há mais de 11 anos. É responsável pela curadoria dos eventos, dentre eles o Fórum E-Commerce Brasil (maior evento de e-commerce das Américas). Passou mais de 7 anos trabalhando em projetos nacionais para promover a inclusão, transformação e expansão no uso da tecnologia dos pequenos negócios no Brasil pelo Sebrae Nacional.

Elas estão sob custódia do sistema penitenciário. Mas você pode ajudá-las a garantir uma ressocialização após o cumprimento da pena. Como? Com poucos cliques você pode adquirir produtos produzidos pelas 20 internas do Centro de Recuperação Feminino (CRF).

coostafe - artesanato Pará

A primeira do país, a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), formada apenas por mulheres presidiárias, já atendeu mais de 100 mulheres em dois anos de existência.

Agora, o projeto vai além e acaba de lançar uma loja online para vender os seus produtos. Com uma conta no aplicativo Instagram, a Coostafe quer levar a sua produção para todo o Brasil e garantir que estas mulheres tenham uma garantia de vida após o período de detenção.

A atualização do perfil será responsabilidade das agentes prisionais que acompanham as mulheres durante os dias de trabalho dentro da penitenciária.

De acordo com informações da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), a colaboração das agentes tem sido fundamental para o projeto. Sônia Cardoso é servidora da instituição e ela conta que muitas detentas foram motivadas a participar da lojinha por conta do apoio das agentes.

Coostafe

“Acompanho a Cooperativa desde a criação. Além de atuarmos como agentes, acabamos fazendo parte também desse trabalho ensinando, aconselhando e organizando os pedidos. É muito gratificante ver que essas mulheres conseguem recuperar a independência e retomar a vida com o que apreenderam aqui”.

Maria do Socorro Cruz é presidente da Cooperativa. Ela não tem dúvidas que a ideia da loja virtual vai animar a produção das detentas.

“Isso é muito bom para o nosso trabalho. Saber que mais pessoas vão poder conhecer nossa história e o que fazemos nos dá mais vontade para produzir. Estamos preparando novos produtos focadas nessa novidade, como luminárias e poltronas. Nos preocupamos muito com a qualidade das peças que oferecemos. A intenção é sempre melhorar e diversificar.”

Para consultar as peças disponíveis para venda, você pode acessar o perfil @coostafe no Instragam ou no site www.instagram.com/coostafe

O envio dos produtos é realizado para todo o Brasil. Além disso, todos os finais de semana, as internas da Coostafe comercializam os produtos na Praça da Bíblia, em Ananindeua, e também na Praça da República, em Belém.

Fonte: Exame