2024 já começou com tudo. Muitas das tendências previstas no fim do ano passado estão se concretizando, mas outras ainda tomam forma conforme o ano avança. Foi sobre isso que Léo Homrich Bicalho, Coordenador de Customer Success da Neotrust, falou durante a Conferência Santa Catarina 2024, realizada pelo E-Commerce Brasil, com o objetivo de trazer informações para o profissional do estado sobre o e-commerce atualmente.
O executivo apresentou dados das vendas online e comparativos entre o varejo nacional e o do estado. De acordo com Bicalho, da pandemia para cá, existe um aumento sensível do ticket médio, o que posiciona o e-commerce como um canal forte para o consumidor.
Santa Catarina representa hoje 4,78% do varejo online total brasileiro, o que significa margem de crescimento e frente de investimento (dados do 1º trimestre 2024).
Oportunidades por categoria
Beleza e Perfumaria é a categoria mais relevante sob o ponto de vista de número de pedidos, mas Eletrodomésticos tende a ser a mais importante sob o ponto de vista de faturamento, uma vez que, diante de tempos de maior insegurança financeira, os consumidores tendem a diminuir a frequência de compra e conservar mais seus aparelhos.
No Sul, Santa Catarina representa o maior crescimento em faturamento. Além disso, o interior do estado começa a ser muito relevante para o digital, inclusive com um ticket médio maior do que a capital. “É um estado que tem uma aderência relevante para o e-commerce, mas ainda há muito a ser desenvolvido”, explica Bicalho.
Tanto no e-commerce brasileiro, como em Santa Catarina, os canais Farma e Pet Shop têm apresentado crescimento expressivo (comparado com as compras do último ano).
A principal oportunidade do estado é a recompra
Ele explicou ainda que o consumidor do estado se concentra pouco na faixa dos que são considerados “heavy users”, o que pode ser, na visão do especialista, uma grande oportunidade para trabalhar a recorrência. Em uma estimativa, ele prevê que o estado poderia faturar R$ 140 milhões a mais no próximo ano nos segmentos de supermercado, farmácia e pet shop, caso os lojistas conseguissem cativar esses consumidores de compra única novamente e gerar recorrência. Considerando o e-commerce como um todo, a oportunidade de faturamento chega na casa dos R$ 487 milhões.
Por outro lado, os consumidores que fazem apenas um pedido por ano acabam gastando mais do que compram com recorrência.
Entre as tendências para o país, destaca-se o D2C, ou seja, a venda direta para o consumidor final, o e-commerce da indústria. O estado, por sua vez, cresce acima da média nacional neste setor.
“O homem compra com menos frequência, mas com valores mais elevados. A mulher, por outro lado, tradicionalmente compra mais online, mas em categorias importantes com ticket menor, representando 60% do faturamento do e-commerce”, finaliza o especialista.