Com a crescente popularização das compras online, a gigante varejista Shein manteve-se, mais uma vez, entre os três principais favoritos do mercado de vestuário, mesmo diante de consumidores cada vez mais exigentes. A empresa registrou, inclusive, a maior alta de quota de mercado no último ano.

De acordo com dados divulgados pela GlobalData, a Shein teria aumentado sua participação para 1,53%. Esse crescimento é impulsionado pelos preços extremamente baixos e pela capacidade de responder rapidamente às tendências de moda, o que tem permitido à empresa se manter à frente da concorrência, apesar das críticas frequentes sobre seu modelo de negócios e o impacto ambiental de suas operações.
Concorrência e perda de espaço
Enquanto isso, marcas menores perderam espaço, à medida que varejistas como a Shein oferecem uma relação mais vantajosa entre preço e qualidade, aponta o estudo. Além disso, a ascensão da marca chinesa resultou em uma queda acentuada nas vendas de concorrentes como Boohoo e Asos, conforme observa a analista Pippa Stephens.
Ainda assim, o mercado de vestuário continua sendo dominado por marcas de artigos esportivos. Nike e Adidas seguem em primeiro e segundo lugares, respectivamente, mas apresentaram trajetórias distintas no último ano.
Após anos de forte crescimento, a Nike viu sua quota de mercado sofrer uma reversão em 2024, caindo para 2,85%. Embora ainda ocupe o topo, a marca foi a que mais perdeu terreno, “ficando para trás em termos de inovação e credenciais de moda”, apontam os dados da GlobalData.
Marcas de luxo e crescimento
O setor de luxo também passou por transformações. Marcas como Chanel e Hermès ampliaram sua participação, beneficiadas pela continuidade das compras de consumidores “ultrarricos”, que se mostram mais resilientes às dificuldades econômicas, sustentando as grandes grifes do mercado.
Por outro lado, a Gucci experimentou uma queda de influência em 2024. Seus compradores, mais dependentes das economias pessoais para adquirir símbolos de status, foram mais afetados pelas adversidades econômicas, o que favoreceu marcas de luxo mais acessíveis. Além disso, o anúncio da saída do diretor criativo Sabato de Sarno impactou diretamente a marca, que agora possui uma quota de mercado de 0,38%.
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