A Shein informou que pretende fazer do Brasil uma de suas principais bases operacionais na América Latina. Com planos ambiciosos para o país, a varejista chinesa se estabelece cada vez mais e planeja, a partir de 2026, enviar produtos para a América Latina a partir do Brasil.
A informação, publicada pela Reuters, veio de Fabiana Magalhães, head de Produção da Shein no Brasil. Na semana passada, a empresa também oficializou uma parceria com 336 fábricas no país.
Primeiro a ter um centro de produção da Shein além da China, o Brasil está envolvido diretamente nos planos da varejista de moda. De acordo com a executiva, o objetivo é que 85% das vendas relacionadas a produção local sejam para os próprios brasileiros daqui três anos, incluindo vendas de terceiros no marketplace.
“A ideia é que, até 2026, o Brasil esteja pronto para servir a América Latina. Já estamos fazendo alguns estudos internos para que essas exportações aconteçam”, afirma Fabiana. Os países a serem atendidos não foram especificados.
Brasil e Shein
Na América Latina, região que a Shein quer crescer mais nos próximos anos, o Brasil é o principal. Em termos globais, segundo a companhia, está incluido entre os cinco principais mercados consumidores.
No início do ano, vale lembrar, a Shein afirmou que destinaria mais de R$ 700 milhões ao Brasil. À ocasião, com polêmicas envolvendo a taxação de varejistas internacionais surgindo, a informação veio de uma carta destinada ao ministro da Economia, Fernando Haddad.
Atualmente, a produção da Shein no país está espalhada por 12 estados, com 216 das 336 fábricas citadas produzindo somente itens de vestuário. O foco, neste segmento, está em jeans e malhas.