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Grocery & Drinks: supermercados digitais tem ruptura como desafio, detalha Kael Lourenço do Mercado Livre

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Kael Lourenço do Mercado Livre no Grocery 2024
Imagem: Rodrigo Nasser e Kael Lourenço no Congresso Grocery & Drinks 2024/Imagem: Ruan Carlos

No Congresso Grocery & Drinks, desta terça-feira (12), Kael Lourenço, diretor de marketplace do Mercado Livre, foi chamado ao palco para destrinchar como acontecem as compras e quais são os principais desafios na categoria de supermercados para os mercados online. 

Ao iniciar a palestra, Lourenço detalha que cada vez mais os consumidores valorizam três pilares chaves: sortimento, boas condições de compra e velocidade de entrega. O crescimento da categoria de grocery, segundo o executivo, deve acontecer a partir destes elementos chave.

Porém, primeiramente, é necessário que o básico esteja devidamente estruturado. Ofertar produtos com garantia de disponibilidade e compor com diferentes opções as cestas do e-commerce deve ser a primeira etapa. 

Valor ecossistêmicos

Como principal vantagem, o palestrante ressalta que a categoria de supermercados é uma das que mais apresenta recorrência. Ao engajar o comprador uma primeira vez, através deste segmento, é mais provável que ele acompanhe e compre em outras categorias. 

Para além de manter o comprador após uma compra em supermercados, para os varejistas há uma disponibilidade de base de clientes muito maior. Um dos desafios é converter quem já compra no Mercado Livre para comprar os alimentos e bebidas através da empresa. 

“A categoria traz um valor ecossistêmico: aumentamos o número de pessoas que acessam o varejo digital ou podemos engajar mais o consumidor, com outras opções de compra, como o supermercado”, esclarece o executivo.

Sob a perspectiva do seller, Lourenço recomenda que eles estejam dentro do fulfillment (garantindo a disponibilidade de produtos), agilizem as respostas aos consumidores, invistam em comunicação personalizada e mantenham fotos, descrições e anúncios o mais claro possíveis. 

Segundo o executivo, os consumidores do supermercado não realizam uma mono compra, mas investem em uma média de 10 ou 15 itens buscando sempre pelo esclarecimento nas compras. 

Ruptura logística

A democratização do varejo digital trouxe a possibilidade de entregas mais rápidas, tanto para o seller quanto para o comprador, em diferentes regiões do país. Kael detalha: “a regionalização é a possibilidade de tocar um cliente em um lugar que você não tem uma loja”. 

Porém, de acordo com o palestrante, explorar a regionalização, deve aparecer como uma oportunidade para diferenciação. 

Entretanto, Kael ressalta que a categoria ainda apresenta uma série de desafios quanto às entregas. A rentabilidade da logística deve ser levada em consideração pelos vendedores. 

Finalizando, Lourenço diz: “ruptura é uma grande frustração para os consumidores dentro da categoria e a malha logística para produtos perecíveis é uma das últimas fronteiras do e-commerce para se consolidar”.