No Congresso Grocery & Drinks, desta terça-feira (12), Kael Lourenço, diretor de marketplace do Mercado Livre, foi chamado ao palco para destrinchar como acontecem as compras e quais são os principais desafios na categoria de supermercados para os mercados online.
Ao iniciar a palestra, Lourenço detalha que cada vez mais os consumidores valorizam três pilares chaves: sortimento, boas condições de compra e velocidade de entrega. O crescimento da categoria de grocery, segundo o executivo, deve acontecer a partir destes elementos chave.
Porém, primeiramente, é necessário que o básico esteja devidamente estruturado. Ofertar produtos com garantia de disponibilidade e compor com diferentes opções as cestas do e-commerce deve ser a primeira etapa.
Valor ecossistêmicos
Como principal vantagem, o palestrante ressalta que a categoria de supermercados é uma das que mais apresenta recorrência. Ao engajar o comprador uma primeira vez, através deste segmento, é mais provável que ele acompanhe e compre em outras categorias.
Para além de manter o comprador após uma compra em supermercados, para os varejistas há uma disponibilidade de base de clientes muito maior. Um dos desafios é converter quem já compra no Mercado Livre para comprar os alimentos e bebidas através da empresa.
“A categoria traz um valor ecossistêmico: aumentamos o número de pessoas que acessam o varejo digital ou podemos engajar mais o consumidor, com outras opções de compra, como o supermercado”, esclarece o executivo.
Sob a perspectiva do seller, Lourenço recomenda que eles estejam dentro do fulfillment (garantindo a disponibilidade de produtos), agilizem as respostas aos consumidores, invistam em comunicação personalizada e mantenham fotos, descrições e anúncios o mais claro possíveis.
Segundo o executivo, os consumidores do supermercado não realizam uma mono compra, mas investem em uma média de 10 ou 15 itens buscando sempre pelo esclarecimento nas compras.
Ruptura logística
A democratização do varejo digital trouxe a possibilidade de entregas mais rápidas, tanto para o seller quanto para o comprador, em diferentes regiões do país. Kael detalha: “a regionalização é a possibilidade de tocar um cliente em um lugar que você não tem uma loja”.
Porém, de acordo com o palestrante, explorar a regionalização, deve aparecer como uma oportunidade para diferenciação.
Entretanto, Kael ressalta que a categoria ainda apresenta uma série de desafios quanto às entregas. A rentabilidade da logística deve ser levada em consideração pelos vendedores.
Finalizando, Lourenço diz: “ruptura é uma grande frustração para os consumidores dentro da categoria e a malha logística para produtos perecíveis é uma das últimas fronteiras do e-commerce para se consolidar”.