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Supermercados impulsionam o varejo brasileiro, mas ainda sofrem com a digitalização

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

O setor de supermercados continua a ser o alicerce do varejo brasileiro, conforme revelado pelo estudo mais recente do Ranking Cielo-SBVC. Das 300 maiores empresas listadas, 157 são redes de supermercados, destacando a enorme relevância deste segmento para a economia do país.

Como já mostramos, o Carrefour lidera o ranking com um faturamento impressionante de R$ 115,4 bilhões, enquanto Supermercados Moranguinho, na 300ª posição, registra R$ 460 milhões.

O desempenho robusto dos supermercados é evidente, com uma expansão de 13,9% no faturamento das 129 empresas que divulgaram seus números nos últimos dois anos, superando a média de crescimento das 300 maiores, que foi de 11,4%.

Segredos do crescimento do setor de supermercados

Este crescimento é refletido na presença de quatro supermercados entre as dez maiores empresas do varejo e nove entre as vinte primeiras, com o Grupo Martins, por exemplo, subindo para a elite do ranking.

A diversidade de formatos no setor também é um fator-chave, com redes que operam desde lojas de conveniência em postos de combustíveis até modelos de atacarejo (que se destacam como uma história de sucesso nos últimos anos). Três das seis redes com presença em mais de 20 estados utilizam a expansão por franquias para alcançar uma maior capilaridade.

Embora o setor seja dinâmico e diverso, com grandes conglomerados e redes locais fortes em seus mercados, ele enfrenta desafios significativos. A transformação digital, impulsionada pela pandemia, trouxe à tona a necessidade de adaptação ao e-commerce.

No entanto, apenas 55,4% das empresas do setor possuem operações online, e uma minoria de 22,9% está presente em marketplaces. Isso se deve, em parte, às dificuldades de tornar lucrativa a venda de itens de baixo valor no ambiente digital.

Investimento em tecnologia

Por outro lado, a digitalização da retaguarda está mais avançada, com investimentos em tecnologia para melhorar a eficiência em áreas críticas como logística e previsão de demanda. Esses avanços são fundamentais para oferecer uma melhor experiência ao consumidor e, consequentemente, impulsionar as vendas.

Apesar dos desafios, o setor de supermercados demonstra um grande potencial de crescimento, especialmente para empresas de médio e grande porte. A consolidação por meio de aquisições — como o movimento da Plurix do grupo Pátria — exemplifica como as redes regionais podem ser transformadas em operações altamente eficientes e preparadas para futuras expansões, incluindo possíveis ofertas públicas iniciais (IPO).

Ainda assim, a saída do Dia% do país, após uma década de operações deficitárias, sublinha que o setor exige conhecimento profundo e disciplina rigorosa, sendo um campo para os fortes. O estudo na íntegra pode ser baixado aqui.