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Varejo tem alta de 0,6% em vendas de julho, aponta IBGE

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo brasileiro manteve a onda de crescimento médio dos primeiros sete meses do ano. Após queda de 0,9% em junho , o setor viu as vendas crescerem 0,6% em julho e fecharem o período citado em alta de 5,1% no índice.

Em julho, na comparação com mesmo mês em 2023, a atividade obteve alta de 4,4%, sendo a 14ª consecutiva para o mês em questão. Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa, o retorno dos números positivos ocorre paralelamente à melhora nos resultados em segmentos diversos.

“Houve um crescimento nos cinco primeiros meses do ano que levou a uma condição de patamar bem alto, o maior da série histórica da PMC, em maio. Teve a queda de junho, mas a recuperação de julho é um ajuste nessa trajetória. Trata-se de uma reabilitação espalhada entre as atividades, com cinco setores apontando crescimento com consistência”, afirma.

O mês de 2024 com melhor desempenho do varejo no Brasil, segundo dados do IBGE, foi janeiro. Com aumento de 3,7% nas vendas em relação ao fechamento do ano passado, em dezembro, o setor viu índices positivos menores até maio (0,9%).

Volume de vendas no varejo do Brasil

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As vendas de ‘Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo’ tiveram alta de 1,7% de junho a julho e este foi o principal ponto para o resultado geral positivo. Além disso, o crescimento de 2,1% de ‘Outros artigos de uso pessoal e doméstico’ também foi destacado pelo IBGE.

Além dos dois, o restante do top 5 que moveu o varejo em julho conta ainda com

  • Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (2,2%);
  • Tecidos, vestuário e calçados (1,8%);
  • Móveis e eletrodomésticos (1,4%).

O grupamento de Livros, jornais, revistas e papelaria (0,1%) também ficou com variação positiva, mas muito mais próxima da estabilidade.

Na extremidade negativa da análise, ficam:

  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,5%);
  • Combustíveis e lubrificantes (1,1%).

Regional

Quando se compara os resultados de julho e junho de 2024, a pesquisa mostra que 15 unidades da federação (UFs) acompanharam o crescimento nacional. Veja os gráficos de cada região:

Norte

Volume de vendas no varejo da região

Nordeste

Volume de vendas no varejo da região

Sudeste

Volume de vendas no varejo da região

Sul

Volume de vendas no varejo da região

Centro-Oeste

Volume de vendas no varejo da região

Economia e inflação

Além disso, o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), previu alta de 2,46% para 2,68% no crescimento da economia brasileira em 2024. Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a taxa oficial de inflação nacional, deve ficar em 4,3%.

De acordo com o BC, a revisão do mercado em relação à economia em 0,22 ponto percentual vai de encontro com aumento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para o segundo trimestre.