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A falha mais grave que cometi na gestão do meu e-commerce

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Por: Amauri Pferl

Empresário/Empreendedor a 35 anos e os últimos 20 anos dedicados a Negócios Online. Meu primeiro negócio foi aos 19 anos, um mercado, depois uma agropecuária em seguida uma cerealista, distribuidora editorial, distribuidora de bebidas, importadora e varejo de departamentos. Em 1998 peguei meus primeiros domínios web. Lancei meu primeiro e-commerce de serviços sem 2003, pioneiro em serviço de recargas online para celulares e cartões telefônicos virtuais. Em 2005 lancei meu segundo e-commerce de produtos importados, materiais de construção, ferramentaria, maquinários, lazer, caça, camping, por volta de 35 mil itens, ambos vendidos em 2015. Atualmente transmitindo meu conhecimento sobre o “mundo dos negócios online e offline” e dirijo uma Entidade de Apoio a Empresários e Empreendedores.

Vou te contar o que aconteceu comigo, além do fato da tributação, contabilidade, fiscal, impostos, taxas, guias, e por aí vai… Haja matemática e eu imagino que você, como eu, também não deve ter gosto por esta matéria. Ao contrário, fugimos dela e é aí que mora o perigo.

Por mais que não gostemos, faz parte da rotina do empresário e é preciso entender e acompanhar mensalmente, pois isso pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Pagamento de guias

Passados 90 dias da constituição da nova empresa e já faturando no regime de lucro presumido, me deparei com uma guia de recolhimento de imposto do simples em cima da mesa da gerente financeira da minha empresa.

Ao questioná-la, ela também surpreendentemente não sabia explicar. Em resumo, há 90 dias nós estamos recolhendo impostos para o regime tributário simples, sendo que estávamos no regime tributário presumido. Ou seja, o contador também não sabia do ocorrido.

E seu subordinado, funcionário ou estagiário, desqualificado para função, continuava a emitir as guias, calculando sobre as taxas do simples e assim encaminhando para minha empresa. E tudo isso passava pela minha gerente financeira e sua equipe, que da mesma forma, sem a mínima atenção, continuavam pagando as guias equivocadamente. Isso causou um enorme prejuízo, além de um transtorno inimaginável.

Meu contador não sabia o que fazer, muito menos calcular o tamanho da encrenca. Para tentar chegar em uma conclusão, contratei um escritório para levantar os impostos devidos atrasados retroativos, já que os 90 dias recolhidos de ‘simples’ estavam perdidos e nada valiam para justificar os impostos não recolhidos no regime
optado, que era de lucro presumido.

Passados cerca de 60 dias, esse escritório também não conseguiu chegar a um número exato ou real, pois além de ter que calcular todas as multas e juros, ainda tinha a questão da substituição tributária, pois vendíamos 35 mil
itens para todo o Brasil. E neste período a ST começou a ser aplicada por vários Estados e em várias categorias de produtos que atuávamos.

Em resumo, chegou-se a uma dívida de aproximadamente de 1,4 milhão e mais de 200 mil de ‘simples’ perdido, que se arrasta num processo administrativo sem expectativa alguma de recebimento.

Gestão do meu e-commerce

Ou seja, eu confiava no contador, na gerente financeira e sua equipe. Assim, imaginava estar bem assessorado. Isso só demonstra o quanto um empresário tem que conhecer da gestão de uma empresa e deve monitorar com lupa todos os departamentos, o que se torna um fardo difícil de carregar.

É claro que cada negócio tem sua particularidade, como tamanho e abrangência, se for venda de serviço e não produto. Agora, se seu negócio já nasceu bem planejado, tem investidor e funções bem divididas, parabéns.

Mas lembre-se, é seu CPF como dono ou sócio que irá responder por tudo que acontecer com seu CNPJ. Há um alerta a mais, cuidado ao envolver os familiares no contrato social de seus negócios, principalmente filhos.

Um abraço e conte comigo

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