Durante a pandemia, o comércio eletrônico obteve um forte crescimento impulsionado também pelos marketplaces. Esses se tornaram ainda mais reconhecidos como shoppings virtuais, onde empreendedores de diversos segmentos podem migrar ou expandir negócios para o ambiente digital (de forma simplificada).
Segundo dados divulgados recentemente pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), os marketplaces foram responsáveis por 51% de todo o faturamento do e-commerce em 2020. Trata-se de um crescimento de 16 pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando sua representatividade era de 35%.
Mesmo em um momento de desaceleração da economia como um todo, o setor cresceu, de modo que os shoppings virtuais trouxeram inúmeros benefícios aos lojistas. Não só facilitaram a presença online, como também atraíram continuamente visitantes ou compradores em potencial para navegação nas plataformas.
Com o crescimento dos vendedores internos e do fluxo de compradores, houve um empenho por parte das plataformas de marketplace de reduzirem burocracias e incrementarem os processos, tornando-os mais ágeis e eficientes, incluindo o fluxo logístico das entregas. Neste contexto, a parceria com transportadoras privadas ganhou mais relevância, no sentido de transferir aos shoppings virtuais infraestrutura logística e soluções avançadas para otimizar as operações e levar robustez às movimentações de encomendas, no contexto de maior demanda.
Com gestão tecnológica consolidada, serviços totalmente integrados com as plataformas, possibilidade de realização de logística reversa e capilaridade nacional, além de diversos pontos de entrega, as transportadoras privadas adaptaram-se às novas exigências do e-commerce e tornaram-se parceiras estratégicas dos marketplaces.
Plataformas estão investindo em logística própria especialmente em determinadas localidades dos grandes centros urbanos. Entretanto, as presenças regional e nacional das transportadoras e operadores logísticos (por meio de filiais e franquias) continuam sendo essenciais para marketplaces atingirem com qualidade e rapidez todas as cidades brasileiras.
Existem as soluções OOH (Out of Home, fora de casa em português), como lockers ou pontos Pickup e Drop Off. Também chamados de PUDOs, são estrategicamente localizados nos municípios brasileiros. Neles, consumidores podem retirar as encomendas e os e-shoppers depositá-las. Portanto, são inovações de última milha disponibilizadas pelas transportadoras, e que representam conveniência para toda a cadeia.
São opções práticas e alternativas que reduzem o insucesso nas entregas e os custos logísticos. Afinal, são, em média, 20% mais baratas do que o delivery, podendo viabilizar com mais facilidade a oferta de frete grátis por parte dos marketplaces.
Além disso, transportadoras também oferecem outras soluções de última milha aos marketplaces. Algumas, por exemplo, informam o consumidor sobre o horário de entrega via SMS e e-mail, já no dia de recebimento da encomenda. Possuem janela de uma ou duas horas de variação até a chegada efetiva da encomenda, agregando qualidade e previsibilidade às operações dos marketplaces.
Portanto, transportadoras e operadores logísticos oferecem serviços e soluções amparadas em tecnologia que agregam conveniência, prazos curtos e custos competitivos. Dessa forma, consolidam-se como importantes aliados dos marketplaces. Tudo para que, juntos, atuem em favor da melhor experiência dos clientes. E, consequentemente, fortalecem as plataformas de lojas virtuais para os mais variados tipos de compra.