As perspectivas positivas para o e-commerce trazem de volta o otimismo que marcou os anos anteriores a 2022. O desempenho do setor em 2022 ficou abaixo das previsões, mas já se espera uma retomada a partir deste ano, conforme apontam diversas pesquisas e projeções. O relatório Global Payments Report, divulgado pela Worldpay from FIS, por exemplo, estima que as vendas do e-commerce no Brasil avancem expressivos 95% até 2025. Também aqui uma pesquisa da Visa aponta um crescimento de 16% em 2023 em relação ao ano anterior.
Voice, social, live e mobile commerce
O cenário positivo, acima de tudo, proporciona boas oportunidades de negócios para toda a cadeia do comércio eletrônico, abrangendo os serviços de transportes e logística, cuja atuação também deve ter como foco a melhor experiência aos clientes, considerando os ambientes online e offline. A digitalização deve continuar ditando a ordem, com serviços e soluções cada vez mais personalizadas. Uma delas é o voice commerce, que, apesar de ainda ser incipiente, vem crescendo por conta do uso de assistentes virtuais e diante da perspectiva de que o uso do sistema para compras por voz se torne parte natural das compras online.
O social commerce e o live commerce são outras ferramentas em destaque, tendo em conta que as pessoas e as redes sociais exercem forte motivação na decisão de compra. Os vídeos postados e as transmissões ao vivo de influenciadores tornaram-se os formatos que mais se popularizaram na preferência dos consumidores nas redes sociais. Dados da Opinion Box, por exemplo, apontam que quatro em cada dez consumidores brasileiros já fizeram uma compra após assistirem a uma live.
O mobile commerce também deve ajudar a acelerar o e-commerce nesse período. Pesquisa da StartSe, em parceria com o instituto Pesquisa na Hora, indica que nove em cada dez brasileiros já têm o hábito de fazer compras ou pagamentos por meio de dispositivos móveis, sendo que 57% deles fazem isso com frequência.
Estratégias omnichannel e marketplaces
Já as estratégias omnichannel, que consistem em descentralizar os canais de atendimento para oferecer a mesma experiência positiva tanto no ambiente online como no offline, devem se manter fortes e ascender cada vez mais. Segundo uma pesquisa realizada pela All iN e Social Miner, em parceria com a Opinion Box, 60% dos brasileiros passaram a consumir de forma híbrida, utilizando o varejo físico e o online.
Os marketplaces, que vêm conquistando cada vez mais adeptos, e colaborando assim com o crescimento do comércio eletrônico, também se destacam nesse contexto.
Desafios
Diante desse cenário, o desafio da cadeia logística é aproveitar e integrar todas essas soluções e estratégias de maneira eficiente e ágil, e a um custo competitivo, assim como ofertar soluções que atendam às expectativas dos clientes e às diversas possibilidades de compras.
O avanço da tecnologia vai permitir que o e-commerce continue crescendo em ritmo acelerado, com novos formatos surgindo a todo momento. Portanto, as empresas que integram a cadeia, como as de logística, terão que continuar investindo em serviços disruptivos e inovadores que tragam benefícios aos embarcadores e conveniência ao consumidor.