Uma homepage clean, banners com bons CTAs, um bom número de fotos do produto, uma descrição completa e uma experiência de compra simples e rápida com um checkout transparente. Por muito tempo, esses eram alguns dos requisitos básicos para um e-commerce ter bons resultados, seja através do tráfego pago ou do tráfego orgânico. Com o tempo, vieram os aplicativos de brindes, cashback, integração com chat, WhatsApp, os vídeos na página de produto, entre tantas outras ferramentas que auxiliam no CX e no CRO, e o e-commerce começou a entrar em uma nova era de otimizações.

A evolução da experiência visual
O e-commerce evoluiu: as fotos perdem o lugar de protagonista, enquanto vídeos e interações sociais reconfiguram a experiência de compra. A ideia é trazer para a loja virtual uma jornada de rede social.
O consumidor não aceita mais uma jornada estática. Segundo o estudo Video Commerce 2024 da Widde, 93% dos consumidores brasileiros consideram vídeos fundamentais para decidir uma compra, e é por isso que o site que lembra um mero catálogo está perdendo espaço para e-commerces com cada vez mais vídeos, e em diversas páginas.
Esqueça o vídeo apenas na página de produto – estamos falando em vídeos dinâmicos na home, vídeos interativos nas páginas de categoria, feed de reels dentro do e-commerce, entre outras melhorias que deixam a loja virtual com cara de rede social. Um bom exemplo é o site da Oh Polly, grife de moda inglesa que traz para o seu e-commerce uma experiência imersiva com looks apresentados em formatos de reels, avaliações em estilo social e estímulo constante à interação. A sensação é de estar navegando em uma rede social de moda, e não em um e-commerce tradicional.
Aqui no Brasil, já existem algumas ferramentas que auxiliam na construção dessa experiência “social inspired”, e e-commerces como Modab, Boca Rosa e John John estão investindo nessas tecnologias.
O poder do storytelling em vídeo
No meio de tantas evoluções, um elemento clássico volta a ganhar protagonismo: o storytelling. As novas tecnologias que marcas como Oh Polly e Modab vêm utilizando mostram que não basta expor produtos, é preciso contar histórias. Na home, cada imagem deixa de ser apenas uma vitrine isolada e passa a se conectar com a próxima, criando uma narrativa visual que guia o consumidor, emociona e reforça a identidade da marca.
Quando fotos e vídeos se conectam para contar uma história, a navegação deixa de ser apenas funcional e se transforma em jornada mais envolvente, memorável e com maior potencial de conversão.
Mais do que engajar, as experiências sociais e os vídeos têm um efeito direto em uma métrica crucial: o tempo de sessão. Ao oferecer conteúdo interativo, você aumenta as chances de fazer com que o seu o consumidor permaneça mais tempo navegando no site. E quanto maior o tempo de permanência, maior é a chance de conversão.
De acordo com o relatório da Widde, o tempo de retenção dos usuários dentro de um site chega a aumentar em até cinco vezes, e a taxa de conversão pode crescer de três a quatro vezes. Ainda segundo a empresa, nos últimos 12 meses, o video commerce gerou R$ 3,9 bilhões em receita no Brasil, atingiu 2,5 milhões de usuários e registrou 6,5 milhões de visualizações.
Benefícios que vão além da conversão
Além do tempo de sessão, outras métricas ganham relevância nessa nova era do e-commerce. Os vídeos oferecem uma compreensão mais clara dos produtos, o que gera decisões de compra mais conscientes e reduz o número de devoluções. O storytelling em vídeo cria experiências memoráveis e imersivas, capazes de fortalecer a lealdade à marca e estimular a recompra. E, em um ambiente digital cada vez mais saturado, o video commerce se destaca por capturar a atenção do consumidor e transformar a rolagem passiva em uma experiência ativa e comprável.
Este é o poder das experiências sociais: o consumidor não só descobre o produto, como também se envolve com conteúdo que prende a atenção, transformando o mero clique em conexão real.