Devido à pandemia da Covid-19, muitos setores da sociedade foram afetados. Comércios em geral, oferecimento de serviços e hospedagens e turismo… Todos estão buscando formas de se reerguer em meio à crise e às iniciativas de flexibilização. Mas o fim de ano está chegando e, por ser um período comumente aquecido para a economia nacional, uma dúvida paira no ar: como fazer uma Black Friday na pandemia?
O caminho, no entanto, pode ser até mais simples do que se pensa: por meio da Internet e de ferramentas digitais. Como se sabe, nos últimos meses, diversas ações foram tomadas por negócios de todos os tamanhos para sobreviver a 2020. Uma delas foi a digitalização, isto é, a migração do físico para o virtual.
Nos primeiros meses de Covid-19 no Brasil, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) registrou a abertura de mais de uma loja por minuto. Foram mais de 107 mil novos estabelecimentos criados na Internet para vender roupas, calçados, produtos de limpeza, alimentos e bebidas.
Além disso, alguns marketplaces obtiveram mais de cinco milhões de novos compradores online na América Latina, registrando uma alta de 80% nas vendas em comparação com o mesmo período de 2019. Tudo isso significa que a Black Friday promete ser mais digital em 2020.
Tendência omnichannel pelo mundo
No Brasil, o e-commerce já registra números expressivos todos os anos, especialmente na Black Friday e no Natal. Porém, a pandemia acelerou o comportamento omnichannel em todo o mundo. No ano passado, por exemplo, as vendas online superaram expectativas e renderam um faturamento de R$ 3,2 bilhões somente na Black Friday — somando mais R$ 61,2 bilhões no período natalino (e-Bit).
Uma pesquisa feita nos EUA, encomendada pela Manhattan Associates, mostrou que no país a Black Friday deste ano deve ser a mais digital da história. Isso porque 80% dos compradores esperam aumentar a compra virtual e retirar os produtos adquiridos na loja e na calçada nos próximos seis meses.
Além disso, o mesmo levantamento revela que 90% dos compradores preferem a entrega em domicílio ao invés de ir a uma loja física. Portanto, esta é a chance dos varejistas investirem mais em seus canais digitais. Vale abrir espaço para divulgação nas mídias sociais e alternativas para compras via WhatsApp e com retirada agendada, por exemplo.
Ainda segundo a pesquisa, somente 5% dos compradores planejam experimentar um produto na loja nos próximos seis meses. Isso mostra que ter um atendimento online para sanar todas as dúvidas do consumidor é um ponto positivo e necessário para garantir novas vendas.
Logo, a estratégia de investir em multicanais precisa estar bem estruturada. Isto é, todos os canais devem estar alinhados quanto às informações repassadas aos consumidores, visando promover uma experiência de compra satisfatória e sem ruídos na comunicação.