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Como acertar na precificação do seu produto nas vendas via marketplaces

Por: Rodrigo Garcia Petina

Diretor-executivo da Petina Soluções Digitais. Especialista em gestão de marketplaces, graduado em ADM, com MBA em Gestão de Projetos, e atua no mercado digital desde 2008. Em 2021, foi eleito o melhor consultor pelo Mercado Livre, responsável pela implementação de lojas de moda como Nike, Scala, Lupo, Guess, Puket e MyShoes.

A oferta de produtos por meio de marketplaces tornou-se uma estratégia fundamental para muitos empreendedores, pois essa é uma das modalidades que mais cresceram nos últimos anos. Dados recentes do E-commerce Brasil apontam que 76,4% dos lojistas que operam em marketplaces observaram crescimento em suas vendas. No entanto, a concorrência também é maior hoje, e para ter competitividade é fundamental precificar corretamente.

Aproveite ao máximo os marketplaces: descubra como precificar seus produtos de forma estratégica, equilibrando visibilidade e rentabilidade em um mercado competitivo.

Estar com seus produtos dentro de um grande marketplace trata-se de uma estratégia vantajosa que oferece grande visibilidade e acesso a uma base de clientes já consolidada. Contudo, a formação de preços é uma das maiores dificuldades enfrentadas por quem decide entrar nesse mercado. Para muitos, encontrar o preço ideal que seja atraente para o consumidor e, ao mesmo tempo, rentável para o negócio é um verdadeiro desafio.

Calcular custos

Cada marketplace tem uma comissão e uma forma diferente de cobrar pelo frete, ou seja, é importante entender como funciona cada canal. Formar preços para vendas online envolve diversos fatores que impactam os custos e a percepção de valor pelo consumidor. Devemos considerar custos de produção e aquisição, custos operacionais, logística e frete, margem de lucro, análise de concorrência, percepção de valor pelo consumidor, impostos e taxas, estratégias de preço e descontos e promoções. Além disso, o frete impacta nessa formação de preços e cada marketplace tem uma forma diferente de cobrança. Por isso, é importante entender como funciona cada canal.

Entender cada um desses componentes é essencial para criar uma estratégia de preço que não apenas cubra todos os custos, mas também atraia e retenha clientes.

Análise da concorrência

Conhecer os preços praticados pelos concorrentes permite posicionar seus produtos a um valor maior ou justificar um preço premium com base em diferenciais específicos. É importante realizar uma análise de concorrência para definir preços de forma competitiva e estratégica. Isso ajuda a identificar o posicionamento de mercado, realizar benchmarking, destacar diferenciais de valor, detectar tendências de mercado e ajustar os preços conforme as estratégias dos concorrentes.

Considerar impacto dos impostos

Os impostos têm um impacto significativo na formação do preço final dos produtos. Devemos considerar o ICMS, IPI, Cofins, PIS, ISS e substituição tributária. Além desses, tem o Difal, ou Diferencial de Alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é um imposto obrigatório para todas as empresas que vendem produtos ou serviços entre estados – a única exceção são empresas optantes pelo Simples Nacional. Todos esses impostos precisam ser calculados para garantir que o preço cubra todos os custos e ainda ofereça uma margem de lucro adequada.

Uma compreensão clara das obrigações fiscais e a inclusão desses custos na formação de preço são fundamentais para evitar “surpresas” financeiras.

Cuidado ao precificar promoções

Promoções bem planejadas podem aumentar significativamente as vendas e atrair novos clientes, mas devem ser estruturadas de forma a não comprometer a saúde financeira da empresa.

Ao precificar promoções, é fundamental garantir que elas sejam vantajosas tanto para o consumidor quanto para a empresa. É importante considerar a margem de lucro, a percepção de valor, o limite de tempo e quantidade, o objetivo da promoção, o custo de aquisição do cliente e a conformidade legal.