Você certamente conhece alguém que já teve o cartão de crédito clonado e utilizado para alguma compra indevida na internet, ou talvez até mesmo você já tenha passado por este problema. Como consumidor, sabemos as dores de cabeça que são causadas por este tipo de golpe, tão comum no nosso dia a dia. Mas e “do outro lado”?
Às vezes, ignoramos o fato de que o e-commerce é igualmente prejudicado – ou até mais, se levarmos em consideração que é sempre o lojista quem deve arcar com os custos de chargeback no ambiente online. Isso sem levar em consideração outros problemas igualmente graves que a fraude pode causar a um negócio, como multas e descredenciamento de adquirentes de cartão.
Qualquer tipo de e-commerce está sujeito a sofrer com este tipo de crime, e a melhor coisa a se fazer é contar com uma solução antifraude que auxiliará o processo de análise de risco da empresa. No entanto, há três “dicas de ouro” que podem ajudar um negócio a se proteger de golpes com cartões clonados. Confira:
Crie filtros internos
Dentre os produtos ou serviços que você vende, qual é o mais caro? Ou com mais valor agregado? Ou aquele que tem a maior probabilidade de ser revendido? Tome cuidado com os principais itens do seu e-commerce: afinal de contas, os fraudadores não cometerão crimes para comprar produtos “commodity”.
Atentar-se a “pontos fora da curva” também pode ajudar a pescar outras tentativas de fraude, como no ticket médio de sua loja: se um cliente costuma gastar R$ 100 por compra, o que fazer diante de um pedido de R$ 2 mil?
Em ambos os casos, em vez de aprovar estes pedidos rapidamente, é recomendável separá-los e revisá-los mais atentamente.
Tenha cuidado com fretes expressos e pagamentos à vista
Esta é uma dica bastante sutil, mas que é capaz de detectar muitas compras ilegítimas. Afinal, criminosos que estão utilizando cartões clonados (e que não estão “pagando” do próprio bolso) não se importariam em optar por um frete mais caro: a principal preocupação é receber rapidamente o produto, independentemente do valor que será adicionado ao pedido.
Quanto aos pagamentos à vista, também pode ser tentador aceitar de imediato uma venda realizada em apenas uma parcela. Mas por que um fraudador parcelaria uma compra em um cartão roubado?
Não armazene dados de cartão
Muitos e-commerces, independentemente do tamanho, incidem em um erro grave que acaba comprometendo toda a cadeia do comércio: o armazenamento incorreto dos dados de cartões de crédito. Há uma falsa impressão de que uma loja virtual, para poder processar este tipo de pagamento, precisa guardar essas informações de clientes. E isso não é verdade.
Alguns sites que optam por armazenar os dados de cartão dos clientes ainda o fazem de uma maneira precária, sem proteger essas informações com a devida segurança. Isso é um prato cheio para vazamentos de dados, o que pode comprometer não apenas a sua loja como muitos outros estabelecimentos.
Por isso, na dúvida, simplesmente não guarde essas informações. É melhor para você, para o cliente e para todo o ecossistema do comércio eletrônico.