Estamos na era da informação, na era da tecnologia, onde o design e a usabilidade são ponto-chave para o desempenho de quase todo produto e marca. Para o e-commerce não é diferente, ainda mais se considerarmos a importância dos elementos visuais em um universo que não permite a exploração sensorial.
Apesar disso, ainda há quem duvide da importância de um design e uma experiência de usabilidade limpos, otimizados e simples. Não é comum navegarmos por aí e nos depararmos com lojas que ainda parecem viver o auge dos anos 2000, com designs ultrapassados, poluidamente coloridos e dispersivos.
Em um momento no qual o consumidor está cada dia menos disponível e atento, o ideal é justamente o oposto: apostar nos elementos objetivos – que foquem no necessário, no conteúdo, na informação, além, é claro, de investir em boas imagens – que também precisam ser claras e objetivas, de preferência em still, ou seja, com boa iluminação, alta resolução e fundo branco -, uma vez que o recurso visual é indispensável no comércio virtual.
Uma das principais tendências que se pode observar, especialmente no e-commerce internacional, é o uso do “flat design” que, em tradução literal, significa “design plano”. O estilo é bastante clean e simples, com uma influência minimalista, por meio de linhas retas, fontes sem serifa e cores chapadas (sem efeitos, gradientes ou texturas). Um exemplo bastante conhecido de flat design é o utilizado no Windows 8, onde os aplicativos, categorias e programas são divididos em formas geométricas de diferentes cores. Confira na imagem abaixo:
No e-commerce, vários são os exemplos. Confira um deles inspirado nessa tendência na imagem abaixo.
Note que a cor escolhida para dar contraste é utilizada sem qualquer efeito, textura ou adereço, além disso, as formas são basicamente geométricas e proporcionais. Vale destacar também a disposição do menu superior, em linha, que é o ideal. O menu que abre em cascata pode dificultar a visualização e navegação do consumidor que está em uma tela pequena, como um tablet ou smartphone.
Esse, aliás é um ponto importantíssimo a ser ressaltado: o design de uma loja virtual atual precisa ser compatível com dispositivos móveis, não só pelo fato de o Google ter alterado sua política em relação a isso, mas também pela simples realidade! Um consumidor conectado não é mais uma ambição dos Jetsons. Um consumidor conectado é fato! Quem compra online está sempre online, no desktop, no notebook, no tablet ou no celular, de onde já se pode resolver a maior parte dos “problemas”: pedir o jantar, pagar uma conta, encontrar o trajeto para a casa de um amigo. Então, por que não, também, comprar uma roupa, um acessório automotivo, um vinho, produtos de beleza ou utensílios para a casa, etc.? As possibilidades são imensas e para aproveitá-las é preciso ser móvel também! Só não reconhece a importância disso quem não quer!
É claro que todo e-commerce pode ter sua própria personalidade ao trabalhar cada elemento visual conscientemente – cores, formas, banners, pop ups, tudo isso precisa criar um conjunto que represente e seja, de fato, a cara da loja. Um e-commerce de roupas sociais masculinas não combina muito com um design muito colorido, inspirado na pop art, por exemplo, já um e-commerce de roupas e acessórios geek, sim. É preciso ressaltar ainda que todas as funcionalidades apontadas acima, recursos de design e usabilidade, passam antes por questões de performance. Um site que demora a carregar é rapidamente descartado pelo usuário, por isso o lojista deve garantir a qualidade e adaptabilidade de seu servidor e plataforma em relação aos recursos disponibilizados.
Moral da história? O ideal é chegar ao equilíbrio – falta de recursos visuais ou o excesso deles pode fazer sua loja perder vendas e consumidores. Estude, busque inspirações, novas funcionalidades, pesquise, leia e inove!