No dia a dia não nos perguntamos “meu e-commerce/negócio é confiável”? “Eu compraria no meu próprio site”? Pois bem, essas perguntas nunca foram tão válidas. Com a digitalização de muitas empresas durante a pandemia, muitas caíram do nada no digital. Lojas que antes eram apenas físicas, atualmente possuem uma rede virtual e isso pode ser fantástico se usado com sabedoria ou preocupante se feitas de qualquer jeito.
Recentemente, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o ICE e o ICC (Índice de Confiança Empresarial e Índice de Confiança do Consumidor, respectivamente), nos quais apresenta dados que comprovam a piora na confiança de dos públicos durante o mês de outubro.
Segundo a pesquisa, em relação ao número final de setembro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 1,1 ponto, para 96,4 pontos. Já o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) caiu 3,9 pontos, para 79,5 pontos. Os resultados têm como base dados coletados até o dia 14 de outubro.
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É com base nos dados acima que você, empreendedor (a)/empresário (a), precisa se preocupar, estruturando e aperfeiçoando seu negócio para que esses números não afetem sua empresa direta ou indiretamente.
Como todos já sabem estamos em um ano atípico devido à Covid-19, mas os próximos meses que antecedem o final do ano são primordiais para qualquer negócio, ainda mais para as lojas virtuais. Sendo assim, é importante o “novo” empreendedor virtual saber que alguns pontos vão ser de grande ajuda na hora de competir e conquistar clientes, cuja confiança quanto ao consumo está em baixa.
Para tanto, é preciso seguir algumas dicas:
- Invista em selos de segurança no rodapé de seu site. Eles são muito importantes para que os consumidores desconfiados possam se sentir mais seguro quanto a sua loja.
- Tenha bons feedbacks de clientes e, se necessário, de funcionários. O marketing de influência ou boca a boca, nunca morreu, por isso, peça para que seus clientes voltem para fornecer um feedback quanto ao seu produto, serviço e atendimento.
- Priorize o atendimento humanizado, educado e empático. Pessoas gostam de falar com pessoas. Treine sua equipe e tenha canais omnichannel, assim você pode melhorar a experiência do usuário e conduzir melhor o relacionamento com seu público nos pontos de contato/venda.
- A embalagem, muitas vezes, fica lá no fim da lista de afazeres do empreendedor, mas isso é um erro crucial, pois assim como o cliente cria expectativa quanto ao produto/serviço e atendimento, ele também espera uma embalagem que faça valer a pena aquela aquisição.
Existem e-commerces que trabalham apenas com a embalagem básica, o papel de seda e uma cartinha. Já outros usam uma fragrância desenvolvida para a própria marca, uma embalagem multifuncional – que vira uma cabine, por exemplo – enfim, cada negócio precisa desenvolver sua própria identidade e isso vai muito além de padronizar artes e cores em sua conta no Instagram.
- Prazo de entrega: um assunto sempre muito polêmico. As vezes o problema parte do próprio comércio que terceiriza o produto vendido, não tem a peça ofertada em estoque, ou simplesmente envia o produto fora do prazo combinado no ato da compra, mas todos esses pontos são resolvidos internamente com um bom cronograma e gestão.
Já os problemas externos de entrega, como por exemplo empresas terceirizadas, são um pouco mais complicados, pois cada indústria desenvolve sua própria logística, mas vale apontar que você pode fazer suas entregas via Correios, transportadoras, motoboy e até de bicicleta (dependendo da região).
Meses como outubro, novembro e dezembro são cruciais para o varejo, e não é época de deixar o consumidor desconfiado. Faça relacionamento com seus clientes antes de lhe oferecer um produto/serviço.