Em 2020 o comércio teve uma virada histórica com o crescimento de lojas virtuais e vendas feitas majoritariamente pela internet, seja por e-commerce ou lojas de redes sociais. O primeiro semestre de 2021 seguiu a tendência e manteve as vendas online em alta.
Mas pesquisas mostram que em meados de julho as vendas por e-commerce começaram a cair desde que o boom, causado pelo distanciamento social devido a Covid-19, aconteceu.
Segundo o levantamento da Mastercard, que mede as vendas tanto em lojas físicas quanto online, as vendas no varejo brasileiro tiveram um crescimento de 23,1% em relação ao ano anterior. No entanto, a pesquisa realizada em julho mostra que o e-commerce sofreu uma queda de 9,6%.
Ainda de acordo com a pesquisa, os setores que mais tiveram crescimento em compras físicas foram os de vestuário, combustíveis, artigos pessoais e restaurantes. Tudo isso é reflexo, claro, do avanço da vacinação, que consequentemente traz o afrouxamento das restrições de distanciamento social e flexibilidade de horários em lojas físicas.
Unir forças do e-commerce e loja física
O que tudo isso significa? Que o e-commerce está perdendo força? De forma alguma!
Essa queda de 9,6% não significa que as lojas online estão perdendo o fôlego. Os números revelam apenas que as pessoas estão voltando a comprar em lojas físicas. O que é um processo natural e esperado com a vacinação em estágio avançado.
Por isso, este não é o momento de parar os investimentos e esforços em prol da melhoria da sua loja virtual. Pelo contrário, agora é o momento de deixá-la pronta para mais visitas.
Vale destacar aqui que o caminho que trilhamos (em velocidade) em 2020 é um caminho sem volta. As compras e vendas online não vão desaparecer e nem parar de serem efetivas nos próximos anos, pelo menos. A tendência é apenas melhorar os processos.
Agora os lojistas entram em uma nova fase. A fase na qual lojas online e lojas físicas precisam falar a mesma língua!
Isso porque os consumidores não deixaram de consultar o e-commerce agora que as lojas físicas estão retomando suas atividades. Eles utilizam os dois! É bastante comum consultar e comparar os preços do espaço físico e da loja virtual e realizar a compra no qual compensa mais.
Além de consultar preços, com a retomada do comércio e seu horário mais flexível, o costume brasileiro de “dar só uma olhadinha” segue firme e forte. Com isso, as chances de venda aumentam tanto no físico quanto no online. Você não vai perder essa chance de alavancar suas vendas, não é mesmo?
Como falar a mesma língua?
Sabemos que os tratos e necessidades de uma loja física é diferente de um e-commerce. Na primeira opção é preciso pensar o espaço, organizar araras, prateleiras, funcionários que entendam dos produtos e estejam à disposição, e assim por diante.
Já a loja virtual precisa investir em processos online, é necessário ter um parceiro especializado em soluções logísticas para oferecer apoio nessas operações e melhorar a experiência do cliente.
No entanto, é essencial que, agora mais do que nunca, no momento em que entrar na loja física, o cliente deve saber que é a mesma empresa que ele visitou em uma loja virtual anteriormente, e vice-versa. E como se faz isso?
Algumas dicas para que a comunicação esteja alinhada são:
- Layout da loja física e do e-commerce precisam estar parecidos, com a mesma identidade visual;
- As promoções precisam ser as mesmas (caso o cliente faça sua consulta nos dois formatos);
- As informações passadas nas lojas precisam ser iguais (formas de pagamento, preços, – etc).
Vale destacar que é uma boa ideia também ter promoções específicas para lojas físicas e outras para o e-commerce. Mas no caso disso acontecer, não esqueça de comunicar nos dois formatos e deixar bem claro o que é válido para o espaço físico e o que é válido para a loja virtual. Dessa forma você consegue incentivar a compra nos dois espaços. Além disso, é preciso analisar qual a sua meta.
Outra coisa que é imprescindível nesse momento de transição é consolidar a comunicação e não esquecer de continuar investindo no que já funciona. No caso de e-commerces, não deixar os serviços especializados de logística. Mesmo com a volta dos clientes para as lojas, as lojas online continuam vendendo mais e mais.