O Fórum E-commerce Brasil está em sua 14ª edição e é considerado o maior evento de e-commerce da América Latina. Este ano, o evento aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de julho no Transamérica Expo Center, com mais de 20 mil visitantes e mais de 300 palestrantes
Em meio a tantos conteúdos relevantes, aqui estão quatro aprendizados valiosos para você levar para o seu negócio!
IA generativa
A inteligência artificial está no top assuntos do universo de empreendedorismo e tecnologia e, claro, foi um tema amplamente debatido nas plenárias do Fórum 23.
A IA generativa, que é capaz de criar imagens ou textos, como o ChatGPT, foi abordada por Martha Gabriel, executiva e consultora nas áreas de inovação em negócios e transformação digital.
Em sua fala, a profissional enfatiza a necessidade de adaptação dos profissionais: “você não será substituído pela tecnologia, mas por quem a usa melhor”, destacou. Nesse sentido, duas competências essenciais são:
– mentalidade digital: que visa entender os impactos e as mudanças que a tecnologia gera no mundo e nas relações humanas;
– simbiose tecnológica: usar a tecnologia de forma orgânica e estratégica no dia a dia para gerar valor.
Hiperpersonalização
Persona, funil de vendas, CRM… como tudo isso fica em meio à tecnologia e às informações disponíveis?
A hiperpersonalização é o caminho. O conceito foi apresentado por Bernardo Carneiro, sócio-diretor do Grupo StoneCo., na sala Experiência e Performance do Pagar.me. “Marcas capazes de contextualizar suas mensagens e produtos de forma individualizada se tornam mais atrativas e crescem mais rápido”, explicou Bernardo.
Nesse cenário, a hiperpersonalização consiste em disponibilizar aos usuários experiências cada vez mais individualizadas, de acordo com suas reais necessidades e desejos. A grande virada de chave para isso são os dados – com coleta, análise e construção de estratégias e jornadas a partir deles.
Dados e mais dados
O tópico anterior já deixou claro o quanto os dados têm se tornado cada vez mais importantes no contato com usuários e clientes.
Mas, segundo Andre Loureiro, Managing Director do Pinterest, o foco a partir de agora deve ser o fortalecimento da base de dados proprietários, tendo em vista o fim próximo dos cookies de terceiros.
Em linha com o exposto, Cristiana Leal, Diretora de Retail Media e Monetização de Dados do Carrefour, levantou em sua palestra um ponto-chave nesse sentido: a necessidade de as equipes e empresas mudarem a forma como encaram os dados e usarem-nos a favor de seus negócios, sendo necessária uma mudança de mindset com foco no data-driven.
Além disso, a profissional defendeu em sua plenária os Data Clean Rooms, que são espaços colaborativos e totalmente seguros para o intercâmbio e o compartilhamento de dados sem riscos entre empresas, possibilitando a monetização dos dados e a criação de bases robustas para entender tendências e comportamentos de compra.
Infotainment e shoppertainment
De acordo com Ben Ryan Shields, professor de Administração no MIT, as pessoas utilizam as redes sociais por três principais motivos: construção de identidade, conexão social e infotainment (termo que combina informação com entretenimento).
Então, uma campanha de sucesso nas redes sociais precisa considerar esses três fatores. É nesse sentido que trabalha a estratégia de shoppertainment do TikTok.
De acordo com o Head of Sales da marca, Theo Lima, o objetivo é despertar a vontade de comprar dos usuários por meio dos elementos que eles mais esperam encontrar na rede social, que são entretenimento e informação.
Para levar isso para o seu negócio, a dica deixada por Theo é buscar inspiração nos digital influencers e criadores de conteúdo.
Como destacou a COO e Co-Founder da Brunch, Ana Paula Passarelli, a influência digital é a soft skill mais importante para os empreendedores atuais.
Prova disso é a convergência de influenciadores que se tornam marcas e de marcas que buscam influenciar por meio de avatares e funcionários.
Extra: o centro de tudo continua a ser o toque humano
A tecnologia está em pauta em todos os aprendizados mencionados até agora no artigo, mas o centro de toda a revolução científica, mercadológica e tecnologia é, sempre foi e sempre será a humanidade.
Como destacado por Martha Gabriel, em um mundo de hiperexposição e consequente anestesia, o que faz diferença são as experiências com capacidade para nos emocionar.
É por meio da emoção, empatia e ética – que apenas pessoas conseguem ter – que isso é possível.
Para concluir, produtos, tecnologias e mercados mudam a todo momento, o que se mantém são negócios e marcas que conseguem se reinventar e continuar relevantes no gosto do consumidor por meio da humanidade.