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Gerenciar riscos é essencial para proteger empresas nos mais diferentes âmbitos

Por: Silvinei Toffanin

CEO da Direto Group

É graduado em Ciências Contábeis e bacharel em Direito. É também pós-graduado em Direito Tributário pelo Mackenzie. Fundou a Direto Group em 1996, empresa de wealth management da qual é CEO até hoje.

Vimos no decorrer deste ano – e ainda continuamos acompanhando – os impactos que as mudanças climáticas têm causado às populações em todo o mundo e, consequentemente, às empresas. Alagamentos, inundações, tornados, terremotos e queimadas são alguns dos problemas
enfrentados em diferentes localidades do mundo. Algumas regiões – e claro, empresas, incluindo aquelas que fazem parte do comércio eletrônico – encaram essas intercorrências, que tendem a se tornar cada vez mais frequentes. Uns com um pouco mais de estrutura. Outros, porém, são pegos completamente desprevenidos.

Descubra como a gestão de riscos pode proteger sua empresa diante das mudanças climáticas e outros desafios emergentes.

Por conta disso, temos uma discussão recorrente, especialmente no Brasil, que está pouco acostumado a enfrentar esse tipo de problema: a necessidade de que as empresas implantem um planejamento de gestão de riscos que contemple não apenas as intempéries climáticas, mas também outros aspectos, como o administrativo, financeiro, tributário, de reputação da marca, entre outros. O e-commerce, claro, está inserido nessa questão, visto que também está sujeito a vivenciar problemas como esses.

A importância da gestão de riscos no e-commerce

Para começar, é importante ter ciência de que a gestão de riscos procura prever situações com potencial para afetar os resultados das companhias – entre elas, figuram as lojas online. Os riscos variam conforme o setor de cada negócio e podem impactar a reputação da empresa, os colaboradores, o compliance, as questões jurídicas e tributárias e uma série de outras áreas. No caso específico do e-commerce, certamente é necessário que os gestores estejam atentos a todas essas áreas já citadas e adicionar, por exemplo, a logística, o time de customer experience, entre outros.

A previsão desses riscos pode ocorrer por meio da análise tecnológica, financeira, ambiental, cronológica e de muitas outras formas, de modo que a ocorrência de problemas seja antecipada e até evitada com ações de ‘combate’, que consequentemente protegerão os ativos da empresa de ameaças como incertezas financeiras, erros de gerenciamento estratégico, acidentes, desastres naturais etc.

Implementando um programa eficaz de avaliação de riscos

Em um nível mais amplo, a gestão de riscos envolve pessoas, processos e tecnologia. Eles serão coparticipantes na confecção de um programa de avaliação de riscos, que deve atender a metas legais e contratuais, normas internas, aspectos sociais e éticos, além de monitorar novas regulamentações relacionadas ao uso de novas tecnologias e à legislação do segmento.

As normas de gestão de risco devem estabelecer um conjunto de processos estratégicos, relacionados aos objetivos da empresa, para mitigar problemas por meio de boas práticas adotadas preventivamente. Claro, esse padrão de ação chega carregado de desafios e requer a adaptação de todo o time de colaboradores, ou seja, é necessário que exista um prazo para sua implantação em todos os setores da empresa.

Enfrentar ameaças e gerenciar riscos fazem parte da rotina de todo empreendedor e de todo gestor de empresa. Sendo assim, é essencial que essas pessoas estejam preparadas, munidas de conhecimento e sejam assessoradas por especialistas que possam auxiliar na antecipação e minimização de problemas, bem como no processo de transformação dessas situações em oportunidades de crescimento para o negócio. Pense a respeito!