- Repasse de custos da cadeia produtiva através do aumento nos preços. Como exemplo, temos o aumento dos combustíveis. O transportador repassa esse custo para o frete, e o lojista repassa para o produto que será disponibilizado ao consumidor. Inclusive existe, para esse caso específico, um movimento com o objetivo de tentar reduzir os efeitos da inflação no frete, o chamado ship from store, no qual os e-commerces enviam os produtos para os clientes a partir das suas lojas mais próximas, e não a partir dos seus centros de distribuição.
- Com excesso de demanda, os preços tendem a subir porque os comerciantes buscam capturar a disposição do consumidor em pagar mais. Pensando no recente momento da pandemia, isso aconteceu com o álcool, cujo preço aumentou, uma vez que a procura era muita.
- Redução na oferta, ou seja, à medida que os estoques recuam, há tendência de elevação nos preços. Ainda falando em pandemia, isso aconteceu no início, quando os estoques de máscaras se tornaram insuficientes para atender à nova demanda que surgiu.
- Taxa de juro, que tem impacto direto em duas vertentes: uma para o varejista, que tem valores mais elevados na operação e precisará repassar o aumento do custo de capital para o seu produto. A outra para o consumidor, que vê impacto especialmente em categorias de ticket alto e que dependem muito de crédito. Por exemplo, TVs de R$ 7.000 terão os seus parcelamentos mais caros devido ao aumento da taxa Selic, o que demonstra que, apesar de esse custo não ser precificado diretamente no produto, ele é precificado no acesso ao bem, ou seja, no crédito.
Inflação e deflação no e-commerce e formas de lidar com seus efeitos na rentabilidade do negócio
Períodos inflacionários, como o que vivemos neste momento, aumentam os riscos de queda na demanda e de redução de margem, gerando um cenário ainda mais desafiador para o varejo. Outro fenômeno, porém, é tão desafiador quanto. Trata-se da deflação, que nada mais é do que a queda de preços a ponto de prejudicar a rentabilidade do negócio. O e-commerce, dado seu dinamismo, conhece muito bem os efeitos dos dois momentos nos preços. A pergunta que muitos fazem é: como estipular valores de venda adequados em um ambiente de negócios cujos preços apresentam volatilidade?
Ora, é nesse contexto, de risco e dificuldade, que ferramentas de otimização ganham mais atenção, incluindo aquelas voltadas para o pricing. Afinal de contas, a gestão dos preços tem impacto direto no equilíbrio da demanda e na rentabilidade. Mas vamos começar por ilustrar as causas mais comuns tanto da inflação quanto da deflação e o impacto na rentabilidade. No caso da inflação, os principais aspetos são:
Comentários