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Marketing de influência: pessoas reais com influência real

Por: Daiane Amaral

Diretora executiva da YouBuzz, é empreendedora e jornalista. Possui 10 anos de carreira, atuando em áreas como assessoria de imprensa, relações públicas, e-commerce, marketing digital e marketing de influência. Foi responsável pelo desenvolvimento estratégico de marcas como: Kumon, Veduca, Mundial S/A, My Gloss, Paris Elysees, Lacan Cosméticos, NB Advogados, Printi, B2log, AIESEC, Laces and Hair.

O marketing de influência está mudando. Os usuários estão fartos de vidas perfeitas e histórias fakes, se sentem fora desse meio e distantes do locutor.

Graças às redes sociais, o poder das celebridades não é mais o único capaz de vender. Agora, mesmo as pessoas comuns e reais são capazes de influenciar as decisões de compra, de uma forma que era inimaginável até 10 anos atrás.

Hoje em dia, o interesse está em conexões reais, sinergia e conteúdos legítimos que narram um discurso de uma pessoa real, sem filtros.

O que é o marketing de influência?

O marketing de influência já existe há anos e pode ser visto como uma estratégia central especialmente de marcas que vendem diretamente ao consumidor. No entanto, mesmo as empresas B2B estão entrando no jogo.

A ideia é simples: encontre alguém com uma audiência que você deseja atingir e que esteja disposta a compartilhar o amor pelo seu produto.

Existem muitas semelhanças com o marketing boca a boca, logo que a estratégia visa tornar uma marca mais conhecida e confiável no mercado. De fato, estudo realizado pelo Instituto Qualibest mostra que 71% dos entrevistados seguiam algum influenciador. Além disso, 50% deles usam essas personalidades como fontes de informação para a compra de algum item.

Influenciadores x micro influenciadores

Dito isso, é necessário entender quem são essas personalidades. Os influenciadores digitais são pessoas que produzem algum tipo de conteúdo genuíno para a internet e se popularizam nas redes sociais, tais como YouTube, Facebook, Instagram e por aí vai.

No entanto, o cenário está mudando e as grandes celebridades já não são mais uma referência tão forte. Os micro influenciadores estão abrindo o marketing de influência para um nível totalmente novo.

Simplificando, os micro influenciadores são aqueles com públicos menores de até 100 mil seguidores, em vez de 1 milhão.

Talvez essas não sejam as primeiras pessoas que você imagina quando pensa em influenciadores. Mas vale a sua atenção, afinal, no nível micro há um envolvimento mais forte, proximidade com o público e veracidade, gerando conexões que valem a pena.

Benefícios de contar com micro influenciadores

Existem várias opções para a sua marca

De acordo com a empresa A NetCos, focada em estratégia envolvendo vídeo online, estimava-se que existiam mais de 250 mil micro influenciadores no Brasil em 2017. Se imaginar esse número hoje em dia, fica claro que ele já deve ser muito maior!

E você pode esperar encontrar esses micro-influenciadores em praticamente qualquer segmento. Como falamos anteriormente, o marketing de influência se expandiu também para empresas B2B, por isso não importa o que você vende – seja um software, roupas ou um serviço — é muito provável que você encontre alguns micro influenciadores para representar sua empresa.

Possuem veracidade

Recentemente vieram à tona denúncias de influenciadores que usaram métodos questionáveis (como contas falsas e uso de robôs) para inflar o tamanho de sua audiência. Isso levou anunciantes a questionarem a eficácia dos influenciadores digitais e ameaçam abandoná-los.

Por conta disso, os micro influenciadores ganharam força nas estratégias digitais das marcas, logo que transmitem mensagens de forma mais natural e autêntica para o seu pequeno público.

São vistos como pessoas reais

Muitas vezes, o influenciador tradicional com centenas de milhares de seguidores pode parecer mais uma celebridade do que um amigo. Com micro influenciadores, isso não é um problema pois essas pessoas são muito mais acessíveis aos olhos dos consumidores.

Até porque, muitas deles são pessoas comuns, que possuem um trabalho regular e levam seus perfis nas redes sociais como hobby. Portanto, marcas que trabalham com micro influenciadores contam com resultados muito mais qualitativos e menos quantitativos.

A relação deles é valorizada

Uma pesquisa realizada pelas Youpix, GfK e Airstrip descobriu uma correlação direta entre a base de fãs e o nível de envolvimento dos influenciadores. Criadores de conteúdo com 400 a 500 seguidores geram engajamento de 7,8% de sua base. Já os que possuem de 900 a 1.100 seguidores conseguem engajamento de 3,4% e assim por diante até chegar ao nível dos grandes influenciadores, que tem 900 mil e 1,1 milhão e somente 1,8% da base engajada.

Quando falamos em engajamento, subentende-se o fã que compartilha, curte ou deixa algum comentário no conteúdo. Podemos perceber que quanto maior o número de seguidores, menores são as taxas de engajamento.


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