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Mídia in-store: será que as telas vão funcionar nas lojas físicas?

Por: Gabriel Monteiro

CEO e cofundador da Newtail

CEO e cofundador da Newtail, Gabriel Monteiro tem mais de 10 anos de experiência com varejo digital. Foi fundador do Shopgram, marketplace de moda e design, startup adquirida pela B2W (atual Americanas SA) em 2015, onde foi o responsável pela gestão do Submarino, a segunda maior operação de e-commerce do grupo, liderando um grupo de mais de 100 colaboradores e apoiando na retomada de um crescimento superior a 2 dígitos da marca. Graduado em Engenharia de Produção pela PUC-Rio, iniciou sua carreira no mercado financeiro e private equity.

Nas últimas semanas, durante reuniões que tenho realizado com clientes na Newtail sobre retail media, tenho percebido que uma questão que aparece recorrentemente é sobre o digital signage. Será que as telas vão realmente funcionar nas lojas físicas? Será que isso vai se tornar realidade?

Somos um país em que 85%+ das vendas ainda ocorrem em lojas físicas e temos grandes varejistas que recebem um número de visitantes superior às de grandes emissoras de TV. Já parou pra pensar que um Assaí, Carrefour e Casas Bahia conversam com mais pessoas que a TV Record ou Band todo dia?

A loja física influencia muito a venda, e o digital signage tem um poder interessantíssimo de construção de marca. O resultado está no gráfico abaixo, tento Walmart como exemplo!

Comparação entre a audiência digital e visitantes dentro da loja física, nos EUA

Esses dados apresentados pelo Jeffrey Bustos, do IAB, mostram o potencial do Retail Media nas lojas físicas! Utilizando as telas digitais ou digital signage, varejistas e anunciantes possuem grandes chances de converter os consumidores que estão no ponto de venda muito propensos a comprar.

Porém, por ser um novo modelo de mídia, ainda existem desafios para a modernização das lojas, como preocupações com capital e custos, sobrecargas operacionais, desafios com infraestrutura tecnológica e incertezas sobre benefícios, modelo de cobrança e mensuração.

Existem diversos modelos de negócios disponíveis para se trabalhar com telas, seja aquisição, em que o CAPEX é mais alto, no entanto com maior liberdade para trabalhar, aluguel ou até mesmo parcerias no modelo de revenue share.

Há um potencial significativo não explorado na integração de dados de compras em loja/omnichannel, principalmente para as marcas CPGs. Imagina entender no detalhe a capacidade que uma exposição tem no uplift da venda ou na mudança comportamental de um cliente (Recencia, Frequencia e Valor?)

A mídia in-store tem potencial de melhorar as métricas e refinar o ROAS, oferecendo insights mais profundos sobre o consumidor por meio de uma segmentação de audiência altamente qualificada e com mensuração closed-loop, ou seja, em toda a jornada de compra.

Essa frente tá apenas começando!