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Nosso externo na palma da mão, poder de compra e decisões ainda mais rápidas: consumo digital, cultura e tendências

Por: Gabriela Jubram

É coordenadora de marketing na Koin. Graduada em Relações Públicas, pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduada em Administração de Empresas, pela Fundação Getulio Vargas, tem MBA em Marketing pela USP e é Mestre em Comunicação Empresarial e Corporativa pela ENEB - Escola de Negócios de Barcelona. Tem ampla experiência na área de comunicação corporativa, com foco em planejamento estratégico para empresas presentes no Brasil e LatAm, em indústrias como Fintechs, Insurtechs e Healthtechs.

O ano de 2023 vem sendo um marco importante para a história da tecnologia e para o consumo online, alcançando números nacionais e globais significativos. Segundo o report Digital Brasil 2023, no país, 181,8 milhões de pessoas utilizam a internet, totalizando 84,3% da população brasileira. Em comparação com o ano anterior, houve um crescimento de 4,1%, ou seja, 7,1 milhões de pessoas também passaram a estar conectadas. Olhando para as redes sociais, existem 152,4 milhões de usuários ativos, alcançando 70,6% da população.

O cenário prova que a humanização e a tecnologia são elementos essenciais e que precisam andar lado a lado para conquistar e oferecer a melhor experiência ao consumidor final, podendo, assim, gerar marcas mais fortes.

Se olharmos para o ambiente doméstico e de forma muito ampla, o estilo de vida do dia a dia do brasileiro vem migrando e se adaptando cada vez mais para o ambiente digital, seja com o consumo de entretenimento, compras, conversas, trabalho ou com outras milhares de possibilidades que estar conectado pode oferecer. E claramente, se olharmos para as tendências de 2024, o cenário só tende a se expandir.

Dentro desse contexto tão promissor – e inquietante – voltado à hiperconectividade, as marcas passam a trabalhar ainda mais para oferecer aos consumidores digitais a melhor experiência de consumo, compra e venda necessárias para vencer a concorrência.

Mas quais são os próximos passos para conquistar o público?

Na 10ª edição da Flair Brasil, segundo o levantamento realizado pela Ipsos, o brasileiro continua sendo impactado pela inflação, consequentemente, seu poder aquisitivo cai. Portanto, procura por alternativas mais baratas, valorizando o custo-benefício e realizando “smart choices”. Estratégias promocionais, datas de varejo e comunicações personalizadas podem ser eficientes para gerar mais conversão para os negócios.

Ainda sobre o report, foi constatado que o relacionamento entre as marcas e as pessoas estão mais estreitas, ou seja, estão se fortalecendo. Por isso, “se colocar no lugar do consumidor” e ser um negócio empático podem gerar grande diferencial para a conquista de novos clientes, aumento da reputação e melhoria da imagem, tornando-se, assim, empresas mais fortes. Dados mostram também que 59% dos brasileiros estão dispostos a comprar e gastar com as marcas que mais se identificam e que são mais próximas.

Mas e a tecnologia?

O investimento e as tendências desse setor também ganham destaque e são promissores para os negócios. Uma pesquisa realizada pela IBM no ano de 2022 levantou que 41% do total já implantaram e utilizam a inteligência artificial, incluindo gigantes que passaram a usar para aumentar os seus lucros.

Mas a IA generativa em específico é o grande foco, apesar de já ser utilizada por alguns negócios. Ela é baseada em aprendizado de representações digitais por meio de dados, capaz de gerar inovações como produtos, soluções ou até mesmo outras tecnologias que possam vir a funcionar de maneira automatizada. A Gartner realizou uma pesquisa e divulgou uma previsão alegando que, até o ano de 2025, 20% de todos os dados de teste para casos de uso que sejam voltados para o consumidor serão gerados por essa inteligência, ou seja, serão sintéticos.

Cada vez mais o nosso externo passa a estar na palma de nossas mãos, com o poder de decisão simples e rápido. Os negócios devem se adaptar aos consumidores e ao público que deseja conquistar, sempre estando “um passo à frente” e ligados às tendências. O cenário prova que a humanização e a tecnologia são elementos essenciais e que precisam andar lado a lado para conquistar e oferecer a melhor experiência ao consumidor final, podendo, assim, gerar marcas mais fortes.