Em empresas com uma grande escala diária de processamento de informações, é preciso um amplo controle operacional. Desse modo, a leitura de dados local pode ser fundamental para garantir mais agilidade e segurança. Contudo, por conta do volume intenso de pesquisa, torna-se necessária uma solução com a tecnologia de Edge Computing, que está apta a executar o processo de identificação dos dados in loco.

O que é Edge Computing?
O Edge Computing pode ser interpretado como uma arquitetura de computação emergente que fornece a descentralização tanto do data center como da nuvem e apoia corporações que desejam ingressar em novas tecnologias ou evoluir, como é o caso de empresas que estão na Quarta Revolução Industrial – mais conhecida como Indústria 4.0.
Mais do que entregar essas fortalezas, o Edge Computing é essencial para assegurar a performance esperada de novas aplicações, uma vez que pode estender a chamada cloud computing para a ponta, estando o mais próximo possível do usuário ou da fonte geradora do dado. Isso acontece para que o processamento seja local, evitando, assim, a jornada do dado até um centro de dados (data center) ou a cloud computing – que também está hospedada em um centro de dados – para uma tomada de decisão. Com o crescente número de dispositivos e o alto volume de dados gerados por eles, a IoT (internet das coisas) acaba sendo uma das mais beneficiadas pelo Edge Computing.
Na Indústria 4.0, a arquitetura permite a transformação da tecnologia operacional da fábrica (OT ou operational technology) para o mundo digital – (IT ou information technology) com uma gama de novas tecnologias, como realidade aumentada e virtual (RA/RV), wearables (dispositivos vestíveis), robótica, inteligência artificial (IA) e machine learning, big data e analytics, e o processamento desses dados, além de proporcionar maior segurança da informação. Por exemplo: combinando a IA com a IoT, podem-se analisar dados de sensores, prever falhas de ativos industriais e até remediá-las.
Somada a isso, a visão computacional pode ser utilizada para detectar defeitos de fabricação e aumentar a qualidade dos produtos, bem como ajudar a manter os trabalhadores seguros monitorando e alertando possíveis anomalias em tempo real. Tudo o que estamos falando diz respeito a dados, e a IA precisa dessas informações para tomar decisões mais precisas.
Benefícios do Edge Computing
Os benefícios do uso do Edge Computing aumentam quando essa tecnologia é utilizada em um modelo Hybrid Edge, no qual a Edge se torna uma extensão da cloud. Nesse caso, uma das vantagens é a gestão unificada de todo o parque fabril, incluindo a cloud e os sistemas de fábricas. Tudo passa a ter uma interface com o mesmo padrão e nível de serviço. O resultado é a otimização dos times técnicos, que podem aproveitar sua expertise em Edge ou cloud, gerando economia e melhor aproveitamento das qualidades dos próprios profissionais.
Essa convergência dos sistemas de fábricas com a TI traz todos os pontos positivos do processamento e da análise dos dados que podem ser endereçados para alterar ou otimizar os processos de fabricação e resolver problemas de forma antecipada, economizando tempo e evitando prejuízos. Devido às suas características e à vasta aplicação em diferentes segmentos do mercado, o Edge Computing possibilita redução de custo, alta performance e maior resiliência, escalabilidade, segurança e privacidade.
Muitos elementos são decisivos para a escolha do Edge Computing. Um deles é a necessidade real time, que significa a exigência de ultrabaixa latência. Outro é a capacidade de manter ou processar dados localmente para minimizar riscos de exposição, principalmente para informações altamente sensíveis ou críticas. Dependendo do caso, o Edge Computing pode aumentar a disponibilidade e ficar menos dependente da rede e da cloud.
Nos últimos tempos, o Edge Computing tem se tornado, juntamente com a IoT e a IA, cada vez mais essencial para a implementação bem-sucedida da Indústria 4.0. Afinal, trata-se de uma tecnologia que pode não apenas ajudar a aperfeiçoar a eficiência, a produtividade e a qualidade da produção, mas também criar fábricas inteligentes e conectadas.
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