Muitas hipóteses sobre o surgimento da Black Friday ganharam conotação negativa e associada à questão racial. Neste contexto, um número crescente de marcas aboliram o uso da expressão e substituíram o “black” em suas liquidações do final de novembro.
Não há registros que confirmem de onde saiu o nome “Black Friday”, mas algumas versões ganharam força. Uma delas, nunca comprovada, remonta à escravidão nos Estados Unidos no século XVIII. Muitos negros que chegavam da África e eram vendidos como mercadoria ficavam enfraquecidos e doentes pelas condições indignas de trabalho e alimentação. Por esse motivo, eram supostamente comercializados com preços abaixo do mercado em feiras que aconteciam às sextas-feiras.
Outra explicação dá conta de que os comerciantes americanos precisavam esvaziar seus estoques antes do Natal e passaram a fazer grandes liquidações. O alvoroço causado pelos descontos levou a um aumento da violência e de engarrafamentos nas ruas. Com isso, os patrulheiros da Filadélfia teriam apelidado a data de “Black Friday”, já com um sentido pejorativo para o termo.
Temos acompanhado, pela urgência da pauta, a tentativa das empresas praticarem a equidade quanto à diversidade racial nas suas equipes e em papeis e cargos variados, como deve ser. E estimular sempre um consumo consciente e respeitoso. Com análise e estudo de mercado, a Cellairis Brasil – como outras empresas – opta pelo Best Friday, ainda que o apelo comercial seja menos forte e o ranqueamento e busca via Google tenha prejuízo com essa escolha de não ferir um grupo de pessoas.
O Varejo está na expectativa de aumentar vendas, seja pela sede do público por compras, mas de produto em promoção num cenário de inflação elevada, seja pela digitalização forçada, que também deverá trazer aumento para vendas pelo e-commerce. No ano passado, devido a restrições maiores no comércio, tivemos uma alta de 41% no faturamento das vendas online. Este ano, as expectativas seguem positivas, 71% dos brasileiros pretendem fazer compras nesta Best Friday, segundo o InfoMoney.
A “Black Friday” do ano passado ficou conhecida como a mais eletrônica da história e para este ano pesquisa do Enext indica que 55% dos consumidores pretendem continuar comprando no digital, evidenciando uma maior confiança dos consumidores em relação ao e-commerce.
Reforçando a transformação dos hábitos de consumo – e com gancho na data que é tema deste artigo, as lojas físicas são complementares às digitais, e não substituíveis. A integração permite alcançar, e não disputar, os dois públicos.