O e-commerce é um dos setores que mais crescem no país e com a pandemia vimos a aceleração deste cenário, pois ele se tornou o principal — e em alguns casos, o único — meio de compra seguro, dada a necessidade de distanciamento social.
Ainda não há previsão de quando a vida voltará ao normal, onde as pessoas poderão frequentar lojas como faziam até o começo de 2020. Por isso, a tendência é que ele permaneça em crescimento acelerado e contínuo.
Desta forma, o setor ganha um papel de destaque, como o principal ambiente de compras para que os brasileiros continuem consumindo. Vamos conversar mais sobre isso?
O boom do e-commerce: o mundo cada vez mais digital
Nos últimos cinco anos, o e-commerce já vinha crescendo acima do PIB brasileiro. Enquanto a economia do país desacelerava, as vendas no e-commerce continuavam crescendo. É o que mostram alguns relatórios do Webshoppers (Ebit|Nielsen).
De acordo com o estudo, o faturamento dos anos de 2019 (+16,3%), 2018, 2017, 2016 e 2015 foram R$ 61,9 Bi, R$ 53,2 Bi, R$ 47,7 Bi, R$ 44,4 Bi e R$ 41,3 Bi, respectivamente. E esses dados nem consideraram as vendas nos marketplaces de itens novos e usados, viagens, passagens aéreas e ingressos.
Com a chegada da pandemia, a expectativa para o futuro do e-commerce era positiva. Porém, os especialistas de mercado e tendências para o setor não imaginavam que seria tanto. O e-commerce cresceu muito em poucos meses e desde então segue expandindo em ritmo acelerado.
Este novo cenário fez com que diversas empresas começassem uma verdadeira corrida contra o tempo para adaptar seus negócios e conseguir vender online e, assim, reduzir os impactos da pandemia.
No entanto, estar na internet não é o suficiente para vender, principalmente empresas que nunca venderam online. É preciso investir em estrutura e entender quais diferenciais o e-commerce entrega para o consumidor.
Vantagens do e-commerce
O e-commerce é vantajoso porque oferece benefícios que o comércio físico não oferece. Diante do cenário que estamos vivendo, alguns desses benefícios se tornaram fatores-chave para a vida dos consumidores, entre eles podemos citar:
Praticidade
O e-commerce é um ambiente prático, permite que o cliente compre a qualquer momento e de onde estiver.
Acessibilidade
O e-commerce está disponível a qualquer momento do dia, não está limitado a um horário de atendimento e pode ser acessado a partir de qualquer dispositivo com internet.
Variedade
No e-commerce o cliente consegue encontrar qualquer produto, pesquisar os preços, encontrar o menor prazo de entrega e as melhores marcas. Tudo sem sair do lugar e com poucos cliques.
Logística
Com o e-commerce, um cliente de uma cidadezinha com poucas opções de comércio consegue comprar um produto em uma megaloja. A logística permite que a entrega aconteça, mas ela deve ser rápida, pois isso vai impactar na experiência do usuário.
Pilares essenciais
Mas nem só de vantagens vive um e-commerce bem estruturado. Ter uma loja online requer cuidado com alguns pilares para que ela funcione de maneira mais completa.
O primeiro ponto é a usabilidade e aqui é preciso entender que os clientes estão cada vez mais exigentes, então ele espera a mesma experiência fluida de outros apps/sites quando interage com a sua marca.
Outra questão importante é a omnicanalidade. Ou seja, este e-commerce precisa ser funcional independente do canal que o cliente esteja usando. Se o usuário quiser comprar pelo site e retirar na loja, se iniciar o atendimento via chat e precisar falar por WhatsApp ou telefone, a marca precisa garantir que essa comunicação aconteça sem ruídos.
E somados a tudo isso é imprescindível ter uma estratégia de marketing digital. A falta de uma estratégia efetiva pode impedir que a loja alcance o seu público e o convença de comprar.
Embora o cenário seja favorável para o e-commerce, pois as pessoas dependem do meio online para comprar, isso também aumenta a disputa entre as lojas. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), entre abril e setembro de 2020, 11,5 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra online e mais de 150 mil lojas online foram abertas no mesmo período.
A procura é grande, mas a concorrência é ainda maior e as empresas precisam encontrar formas de se comunicar de forma efetiva, mostrando seus diferenciais e atraindo o consumidor.
O que o futuro do e-commerce nos reserva
É possível observar alguns caminhos que devem ser adotados para o setor nos próximos anos — ou até meses —, e durante 2020 vimos novos modelos de compras surgindo rapidamente.
Algumas tendências que já eram realizadas em outros países, como a Live Commerce, por exemplo, mas que ainda não eram aplicadas no Brasil, passaram a ser adotadas e fizeram sucesso. Magazine Luiza e Americanas estão aí para provar isso.
Os próprios clientes vão criar novas formas de consumir e as empresas devem estar atentas para esse movimento, pois eles moldam novos comportamentos. Um exemplo é o Social Commerce, uma forma de compra online a partir das redes sociais.
Outro ponto que deve ser mantido no radar é a personalização, já que os clientes estão cada vez mais interessados em opções personalizadas e exclusivas. E estão dispostos a pagar por isso.
Modelos de compra sustentáveis, pagamentos instantâneos e customização também devem ser observados e acompanhados mais de perto. Isso tudo já está moldando o perfil do consumidor e o futuro do e-commerce.
E o seu negócio, está preparado?