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O tsunami da IA: a revolução que irá transformar o mundo

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Por: Victor Popper

CEO da Loja Integrada

CEO da Loja Integrada desde 2022. Fundador da All iN Marketing Cloud, pioneira em campanhas multicanais personalizadas. Especialista em inovação e dados, é entusiasta da IA e trabalha para impulsionar o crescimento de negócios online.

Um tsunami está vindo – e o mundo como conhecemos está condenado. Trata-se da onda da inteligência artificial.

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Imagem: Reprodução.

Diferentemente do meteoro que extinguiu os dinossauros, essa onda não chegará em uma explosão súbita, mas será igualmente transformadora:

– Impacto global;
– Velocidade descomunal;
– Surgimento de um novo mundo, diferente do atual.

Os efeitos serão brutais, tanto para o “bem” quanto para o “mal”.

O colapso do modelo de trabalho atual

A IA não apenas substituirá empregos; ela aniquilará o próprio conceito de “emprego”.

Primeiro, virá a extinção das funções que exigem menos conhecimento. Em seguida, os “Bullshit Jobs” (GRAEBER, D. Bullshit Jobs. Nova Iorque: Simon & Schuster, 2018).

David Graeber argumenta que existe uma enorme quantidade de empregos modernos essencialmente “inúteis” ou vazios de sentido, mantidos somente para cumprir rotinas burocráticas ou criar a ilusão de produtividade. Nossa organização econômica e social favoreceu a criação de funções desnecessárias, gerando, hoje, profissionais profundamente insatisfeitos. Muitos percebem que não contribuem para nada verdadeiramente significativo.

A reação que se esperaria: as organizações deveriam treinar esses profissionais para desmantelar suas próprias funções e inovar, criando valor real – para si mesmos e para a empresa.

Teoricamente, todo CEO deseja isso, mas a estrutura não ajuda. Em um sistema em que cargos e níveis hierárquicos reforçam a competição, sobra pouco espaço para valorizar, de fato, o brilho do outro. E as soluções mais comuns – reuniões one-on-one, avaliações 360/480/540, distribuição de ovos de Páscoa, passes de academia e festas juninas – falham em promover a transformação de que precisamos.

Quem não se adaptar será substituído pela IA. Ela trabalha mais rápido, melhor e não precisa ir à academia ou comer pé de moleque para se motivar.

O Vale do Silício deixará de ser o centro

As Big Techs que não reconstruírem seus modelos de negócio em torno da IA desaparecerão. A crença de que “tecnologia é vantagem competitiva de longo prazo” ruiu. Uma inovação que hoje põe uma empresa na liderança por meses amanhã durará apenas dias. O desenvolvimento de tecnologia se tornará uma commodity, disponível a todos simultaneamente, sem vantagens duradouras.

Vantagens competitivas tecnológicas serão rapidamente comoditizadas. Ecossistemas que entenderem o “novo jogo” se tornarão potências.

O novo jogo não será sobre tecnologia, mas sim sobre o que a IA não consegue substituir. Quando não há mais barreiras tecnológicas, o que resta?

O profissional do futuro

“A IA não vai substituir seu trabalho – mas quem usa IA vai.”

O marqueteiro que pede ao ChatGPT para criar imagens para posts. O advogado que solicita à IA correções em sua petição. O RH que gera toda a matriz de avaliação 360 com um prompt.

Se você acha que isso é “usar IA”, você será enterrado. Adotar inteligência artificial é uma mudança profunda de paradigma. Mexe com nosso DNA de aprendizagem, nossos processos mentais e a cultura de trabalho em que fomos formados.

Não há solução fácil, mas ela existe – e passa por repensar quem somos e como trabalhamos.

Está preparado?

Se você quer sobreviver ao tsunami da IA, entenda:

– A tecnologia avança mais rápido do que conseguimos assimilar.

– Modelos econômicos serão esmagados.

– Negócios antes sólidos se tornarão irrelevantes.

– Bilhões precisarão recomeçar do zero.

Isso não é ficção – é matemática. Você foi jogado em Nazaré. Ou você vira surfista e surfa a onda gigante… ou ela vai te engolir.

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