O Pix, queridinho do Brasil, não é mais novidade para ninguém, mesmo sendo bem novo no mercado. O produto completou um ano em novembro de 2021 e, em pouco tempo, se tornou um dos métodos mais populares para realizar pagamentos no Brasil.
O meio de pagamento se tornou amado por muitos motivos, mas alguns fatores, como rapidez, facilidade e gratuidade, fizeram com que sua popularidade crescesse exponencialmente e ultrapassasse as transferências tipo TED e DOC. Em apenas um trimestre de funcionamento, o Pix já tinha superado essas operações somadas.
Segundo a Abranet (Associação Brasileira de Internet), aproximadamente 104,4 milhões de pessoas no Brasil usam o Pix para realizar ou receber pagamentos. E 7,9 milhões de negócios (cerca de metade das pessoas jurídicas no país) já adotaram esse método de pagamento também. Ou seja, a popularidade do Pix é praticamente unânime entre os brasileiros.
Outros dados que chocam se referem à amplitude do Pix para todas as faixas etárias e classes sociais. De acordo com a Abranet, o método é usado por todas as faixas etárias, sendo que a maior parte das transações é realizada pelos jovens entre 20 e 29 anos. E segundo dados disponibilizados pelo Banco Central, as pessoas com renda mensal de até R$ 1,5 mil são as maiores utilizadoras do Pix, englobando um total de 46,7 milhões de brasileiros aproximadamente.
Então, é inegável afirmar que o Pix veio para ficar, e quem ainda não aderiu pode ficar para trás.
Mas, uma vez que compreendemos o momento do Pix no Brasil, é fundamental entender: para onde iremos com ele? Para isso, é essencial compreender todo o contexto social em que vivemos nos últimos anos e como a pandemia da Covid-19 tem sido um grande fator de influência que modificou (e ainda modifica) diversos comportamentos. Inclusive como nós encaramos a tecnologia, até como compramos, consumimos e, claro, como realizamos pagamentos.
Depois da grande taxa de aderência e aprovação, o céu é o limite para o Pix. Ele não está limitado aos e-commerces, mas se estende também às lojas físicas, que cada vez mais estão aderindo ao método por conta da sua simplicidade e alto número de usuários.
Depois da pandemia, a inclusão financeira e tecnológica se mostrou essencial. A questão é movimentar cada vez mais um ecossistema com diferentes meios de pagamento para democratizar o acesso aos serviços e bens de consumo, que se evidenciou ainda mais com o crescimento da popularidade do Pix, somado aos avanços de fintechs e bancos digitais, apontando um cenário cada vez mais tecnológico e aberto.
Para o e-commerce (e em futuro não tão distante, até para as lojas físicas), o amanhã se mostra um cenário com mais tecnologia e necessidade de acompanhamento das transformações digitais (isso de um ponto de vista não apenas social, mas também comercial), uma vez que os consumidores estão buscando cada vez mais soluções inovadoras, rápidas, ágeis e sem burocracias… E o mercado, seja ele digital ou físico, precisa ser um reflexo disso e de todas essas mudanças.
Já existem movimentos de “modernização” do próprio Pix, como o Pix Cobrança, que permitirá pagamentos instantâneos de contas com vencimento em datas futuras. Há também de outros novos recursos, como o Pix Internacional (ainda sem previsão para lançamento), que tem como fim principal a possibilidade de transferências rápidas e fáceis para o exterior.
Se o cenário se mostra otimista em relação às tecnologias e todas as mudanças positivas que elas podem nos trazer, é possível esperar que o futuro dos pagamentos tenha ainda maiores facilidades e ganhe ainda mais o público. Em 2022, de acordo com a revista Exame, a tendência clara é a consolidação dos métodos já em crescimento e o surgimento de métodos alternativos, como pagamentos invisíveis, carteiras digitais e super apps. Ou seja, o Pix é apenas o começo.
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