Gosto sempre de estar por dentro de todas as novidades do mercado, por isso procuro marcar presença nos mais diversificados eventos. Recentemente, estive no VTEX DAY e conferi algumas palestras um tanto quanto interessantes. Uma delas que, inclusive, gostaria de compartilhar com vocês aconteceu no palco principal, logo pela manhã do segundo dia, e falava sobre como se preparar para o futuro do comércio digital.
A palestra de Heather Hershey, diretora de Pesquisa para Comércio Digital Mundial na IDC, trouxe à tona a importância de ser resiliente no comércio online. A palestrante apresentou dados de que a preocupação sobre uma recessão iminente diminuiu um pouco em 2023 em relação ao que se esperava no fim de 2022. Mas como construir a resiliência para o comércio online?
Cinco pontos sobre a resiliência do e-commerce
Respondendo essa pergunta, ela elencou cinco pontos que vale a pena considerarmos e refletirmos sobre. O primeiro deles é a onipresença do canal, ou seja, é preciso estar onde o consumidor quer comprar. O segundo é a personalização baseada em dados – para isso, é necessário mapear não só a jornada do consumidor, mas também a jornada de dados. Em terceiro, ela comentou sobre o comércio digital “à prova do futuro”, que são necessárias estratégias complexas que requerem alto grau de automação. Já o quarto ponto falava sobre a experimentação radical – em outras palavras, vá do básico B2B e B2C para B2B2C e B2X, adote um gerenciamento de pedidos distribuídos. O quinto e último é que a atenção à economia impulsiona o comércio, é preciso passar do transacional para a experimentação.
Maturidade e arquitetura
Segundo a diretora de Pesquisa para Comércio Digital Mundial na IDC, o problema é que a maior parte das experiências do digital commerce não tem maturidade suficiente no quesito experimentação. Então aqui levanto a questão: é possível sair em vantagens mesmo com essa baixa maturidade? Acredito que sim e já apresento uma das recomendações de Heather, que é promover uma transformação nos microsserviços, e não uma reformulação completa logo de cara.
Na sequência, Heather comparou o que seria a arquitetura de uma transformação complexa do e-commerce e outra feita de uma forma simplificada. Nessa parte, ela abordou a parte técnica, citando que uma API exposta externamente pode se conectar com um frontend alojado em um código-base externo para o restante do sistema do e-commerce.
Dados e IA
Outro ponto abordado pela executiva é de que quanto mais dados organizados você tiver, mais maduro digitalmente o negócio vai ficar. Então, como segunda recomendação para ter um e-commerce resiliente, Heather mostra que utilizar dados unificados e harmonizados é a chave para otimizar o negócio e atrair a lealdade do consumidor. Interessante, não? Como sempre, notamos que dados fazem a total diferença em nossos negócios.
Falando em dados, não posso deixar de citar a importância de garantir a segurança deles em seu e-commerce – assim, você evitará diversos problemas que podem acarretar prejuízos financeiros e para a imagem do seu negócio.
Para fechar a conversa com chave de ouro, a palestrante também mostrou dados sobre as métricas que mais medem o sucesso da utilização de inteligência artificial no comércio digital. A pesquisa mostra que mais de 45% dos entrevistados citaram a lealdade e o retorno do consumidor como a métrica mais importante, mais do que o total de vendas.