Entender a estrutura do consumo local para encontrar soluções para seus gargalos foi um grande mérito do mercado da China. Ele viu a necessidade de reinventar seus negócios e, com essa nova postura, aproveitou a revolução digital para atingir patamares nunca antes vistos, sobretudo no e-commerce.
As empresas chinesas e seus ecossistemas de negócio atenderam à demanda do mercado por pura sobrevivência. Com diferentes modelos de negócio e aproveitando o volume de pessoas no mundo digital, a China investe também no mercado local. E estes são os motivos pelos quais o país é tão assertivo no e-commerce e nas vendas no varejo.
Volume de pessoas no mundo digital
Quando pensamos em estratégia de vendas no varejo, uma das primeiras atitudes é saber onde está o público-alvo, certo? No caso do varejo na China, sem dúvidas, eles estão no mundo digital.
De acordo com dados da Data Reportal de janeiro de 2021, a China atingiu uma população de 1,44 bilhão de pessoas. Foi um aumento de 0,4% (5,2 milhões) entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021. A grande maioria de sua população (61,9%) vive em centros urbanos.
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Essa grande quantidade de habitantes em cidades pode explicar os números assustadores quando pensamos em indivíduos conectados. Veja alguns dados também referentes a janeiro de 2021:
- A China tem 1,61 bilhão de conexões móveis, o equivalente a 111,8% da população total, o que é justificado pelo fato de que muitas pessoas têm mais de uma conexão móvel;
- Existem 930,8 milhões de usuários de mídia social, um aumento de 13% (110 milhões) entre 2020 e 2021, o equivalente a 64,6% da população total;
- São 939,8 milhões de usuários de internet, um aumento de 10% (85 milhões) comparado a 2020.
Em suma, são muitas pessoas conectadas que têm a oportunidade de fazer uma compra online. Estatisticamente, os dados do Data Reportal apontaram que:
- 64,3% compraram um produto online pelo smartphone;
- 72,3% procurou por um produto ou serviço online;
- 76,1% utilizou um aplicativo de compras no dispositivo móvel;
- 77,4 compraram um produto online de qualquer dispositivo;
- 91,5% visitou uma loja online.
Investimento em mercado local
O varejo na China começou seu processo de crescimento e inovação se baseando em modelos de negócios de sucesso, como Carrefour e Amazon. No entanto, como ressaltamos, não demorou muito para que os negócios chineses tomassem a frente no mercado local. Mas como aumentar vendas no varejo China e se sobressair em relação às gigantes estrangeiras?
A estratégia de vendas no varejo na China se baseou em compreender o jovem consumidor, que é o público que gasta bastante tempo na internet. Ele não gosta de lojas físicas, motivo pelo qual as empresas chinesas precisaram se reiventar para sobreviver. Isso significa ir para o mundo online para atender ao mercado local.
Um ponto interessante é que a digitalização do varejo na China se baseou no uso da infraestrutura de gigantes tecnológicas, como Tik Tok e WeChat, que fornecem sistemas de dados e nuvens para negócios. O Alibaba, por exemplo, se tornou a porta de entrada para as vendas no varejo no comércio online. As empresas viram que tem como aumentar vendas no varejo com a presença digital.
Outra questão que merece destaque é que os varejistas chineses, com a ideia de aproveitar e investir nesse mercado local, não focaram somente no lucro. A procura por novos negócios e parcerias que agregam valor ao consumidor também foi uma estratégia de vendas no varejo que eles adotaram.
Adoção de diferentes modelos de negócios
As vendas no varejo em lojas físicas seguem toda uma estrutura definida de negócios. No entanto, a partir do momento em que o consumidor entra no ambiente digital, as empresas chinesas, como apontamos, readequam seus modelos para atender o cliente online.
Esse novo cenário fez com que a China adotasse uma estratégia de vendas no varejo diferente, com diferentes modelos de negócio para ajudar no crescimento do e-commerce. Alguns varejistas, por exemplo, ampliaram suas perspectivas em relação a depósitos e fornecedores. Apesar de terem seus próprios locais e parceiros, passaram a atuar em parceria com lojas locais para realizar entregas.
Assim, ao mesmo tempo em que investe em lojas físicas para atender o consumidor que não está online, a China expande seu ecossistema para atender às demandas do e-commerce.