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Quais foram as principais mudanças no SEO em 2014?

Sabemos que o Google implementa mais de 600 atualizações em seu algoritmo todos os anos. Destacamos aqui uma retrospectiva das principais atualizações que mudaram e continuam mudando a maneira de fazer e pensar SEO. Veja:

Page layout: 

Lançado pela primeira vez em janeiro de 2012, a terceira versão do algoritmo Page Layout, também chamado de Top Heavy, passou a penalizar sites com uma quantidade excessiva de anúncios acima da dobra, isto é, páginas cujo conteúdo é visualizado no navegador sem a necessidade do uso do scroll do mouse. No segmento de links patrocinados, o comando de publicidade acima da dobra determina se as impressões de um anúncio de uma rede de display serão exibidas na primeira dobra do navegador.

Uma quantidade excessiva de anúncios em uma página, além de induzir o usuário ao clique, pode comprometer sua navegação e distraí-lo com informações nem sempre úteis.

De acordo com a declaração do próprio Google, a alteração foi motivada para priorizar os interesses dos leitores. “Ouvimos reclamações de usuários que clicam em um resultado e têm dificuldades em encontrar o conteúdo. Em vez de rolar a página para passar uma série de anúncios, os usuários querem ver o conteúdo imediatamente”, explicou o documento do Goggle, que alerta para a possível queda de performance de página com excesso de anúncio no alto da página.

“Por isso, sites que possuem pouco conteúdo acima da dobra podem ser afetados pela atualização. Se você clica em um site e a primeira coisa que você visualiza é um conteúdo reduzido ou então uma grande quantidade de anúncios, isto não é uma boa experiência para o usuário”, informou o Google.

Novo design da SERP:

Google lança um novo design de sua página de resultados (SERP). A primeira vista quase imperceptível, mas completamente diferente para profissionais de SEO.

A mudança mais clara está no título dos links, que ficou um pouco maior e consequentemente menor em termo de palavras. Se antes tínhamos um mundo de até 70 caracteres para serem exibidas na SERP, agora o limite passar a ter entre 46 e 57 caracteres, de acordo com estudos.

Payday Loan 2.0

Lançado quase junto ao Panda 4.0, a segunda atualização do Payday Loan teve como principal alvo sites relacionados a spam. Após quase um ano sem anunciar grandes atualizações, o Google lançou na mesma semana duas importantes novidades em seu algoritmo: Payday Loan 2.0 e Panda 4.0. As duas atualizações visam complementar uma à outra no sentido de reduzir resultados de má qualidade e eliminar conteúdo spam.

Na época do lançamento de sua primeira versão, Matt Cutts declarou o que motivou essas novidades: “Tivemos muitos feedbacks de fora do Google. Por exemplo, muitas pessoas reclamando de buscas como ‘payday loans’ no Google.co.uk.”.

O termo “Payday loan” significa um tipo de empréstimo ou adiantamento de uma parte do salário a fim de quitar uma dívida que venceria antes do dia do pagamento da pessoa que está solicitando. “Então fizemos duas mudanças para combater esses tipos de busca”, completou Cutts.

Menos de um mês depois, o Google anunciou a terceira versão do Payday Loan. Enquanto a última versão visava sites de spam, a nova atualização teve como alvo buscas relacionadas a spam.

Panda 4.0

A 26ª atualização do Panda e a mais importante após quase um ano. Apesar do time de buscas do Google declarar que não anunciaria mais atualizações menores, desta vez o novo Panda merecia ser revelado publicamente em razão de sua grande importância.

Sua nova versão apurou mais ainda a maneira como o algoritmo filtra e pune sites com conteúdo de baixa qualidade (ou que tenham pouco conteúdo) – por exemplo aqueles com anúncios em excesso -, privilegiando sites com conteúdo de qualidade e que realmente sejam relevantes para o usuário.

O filtro é baseado no que o Google chama de Avaliadores de Qualidade (Quality Raters), cujo algoritmo é capaz de responder logicamente perguntas como “Eu confiaria a este site dados do meu cartão de crédito?”. Com ele, o Google é capaz de distinguir a diferença entre sites de boa ou má qualidade, dentre outros critérios.

Remoção de foto Authorship

Google anuncia a remoção da imagem para Authorship (ou autoria). Aquela foto que aparecia ao lado de um resultado, geralmente do autor do artigo, foi removida de todos os resultados orgânicos, além do número de círculos do Google Plus creditado ao perfil do autor.

Muito se falou o quanto essa atualização poderia impactar no posicionamento das páginas, uma vez que a imagem poderia ser um ótimo recurso para chamar atenção do usuário e, consequentemente, aumentar o número de cliques. A novidade foi anunciada por John Muller, analista de Web Trends do Google, em seu perfil no Google Plus:

“Estamos trabalhando duro para limpar o visual das páginas de busca com o objetivo de criar uma melhor experiência mobile e um design mais consistente para dispositivos móveis. Como parte disso, estamos simplificando a forma como o Authorship é exibido nas buscas em dispositivos móveis e desktops, retirando a foto de perfil e a quantidade de círculos (nossos testes indicam que a taxa de clique após essa mudança é bem próxima à anterior).”

A declaração gerou uma enorme discussão sobre a influência do authorship sobre o CTR.

Pouco tempo depois, em meio a declarações oficiais de que apesar da remoção da imagem o authorship não seria eliminado como fator de posicionamento, um mês depois o Google anuncia o contrário: após três anos de vida, o Authorship deixa de existir.

Matt Cutts anuncia afastamento do Google

Após longos 14 anos no Google – 10 deles dedicados à frente do time de busca de spam -, Matt Cutts anunciou em seu blog pessoal o afastamento de seus deveres a partir de outubro: “Quando eu entrei no Google, minha esposa e eu decidimos que eu trabalharia lá por quatro anos ou cinco e aí sim ela me veria mais. E agora, quase quinze anos depois, gostaria de ter mais tempo para minha esposa.”

Em 27 de novembro, no mesmo blog, Cutts declarou: “Agradeço minha família, amigos, minha saúde e tantas outras pessoas maravilhosas que tive o prazer de trabalhar dentro do Google.”

Pigeon Update

Atualização voltada para buscas locais, impactando no posicionamento de páginas relevantes para este tipo de busca. Prestadores de serviço que atendem uma região específica devem estar atentos à essa novidade.

O Pigeon update (pomba, em inglês) não foi um nome oficial, sendo cunhado por especialistas da área que relacionaram a atualização com a capacidade da ave em sempre encontrar o caminho de volta para casa, isto é, sua habilidade em reconhecer seu local de origem.

Nesse sentido, o Pigeon Update teve como objetivo melhorar os resultados por buscas locais, tornando-as mais relevantes para o usuário que procura por algum serviço em sua região, como um petshop, por exemplo.

HTTPS/SSL Update

Google anuncia que sites que apresentam níveis de segurança e a criptografia de dados do usuário serão “levemente” beneficiados nos resultados de busca orgânica. A nova atualização geroubastante discussão sobre a necessidade dessa implementação em sites institucionais ou blogs e a segurança na web a longo prazo.

“Ao longo dos últimos meses, realizamos testes levando em consideração se os sites usam ou não conexões seguras e criptografadas como um sinal em nossos algoritmos de classificação de pesquisa. Observamos resultados positivos e, por esta razão, começaremos a usar HTTPS como sinal de classificação”, afirmou o blog oficial do Google.

A segurança na internet está na ordem do dia. Muito além dos desafios técnicos postos à frente, este assunto sem dúvida está intrinsecamente relacionado ao futuro da web.

Panda 4.1 (#27)

Mais uma atualização do Panda em menos de seis meses. A 27ª versão. Sua frequência revela a enorme atenção que o Google dá ao conteúdo que os sites oferecem aos seus usuários.

Segundo o buscador, esta versão seria mais precisa que a anterior e poderia melhorar o posicionamento de sites pequenos e médios que apresentam conteúdo de alta qualidade. O algoritmo foi classificado como 4.1 em razão de sua atualização específica, não havendo necessidade de ser chamado de Panda 5.0.

Esta foi a oportunidade de sites punidos pelo Panda reconquistarem sua confiança junto ao Google, mas também a de ser pego desta vez.

O fim do PageRank?

Confirma-se o que já era esperado. John Mueller, wlebmaster trends analyst do Google, afirma em um Hangout: “Provavelmente não vamos mais atualizar o PageRank”.

O PageRank por muitos anos foi considerado a coluna vertebral do algoritmo do Google, que por meio de uma escala de 0 a 10 classifica a autoridade de um site, ou seja, a quantidade e qualidade de links que um site recebe.

Hoje em dia muitos concorrentes desenvolvem algoritmos como métrica alternativa ao PageRank e consideradas praticamente uma cópia do algoritmo original, como Moz, Majestic, Ahrefs e Blekko.

Notícias em destaque

A presença de notícias relacionadas à busca na página de resultados do Google impactou num tremendo aumento de tráfego orgânico em portais de notícias e blogs, principalmente nos EUA. As “notícias em destaque” exibidas em determinadas buscas se tornam mais amplas do que a tradicional lista de grandes portais de notícias no topo, a SERP, mostrando também discussões em redes sociais (como o Reddit), posts de blogs, vídeos e outros resultados alternativos.
A atualização reflete a intenção do Google em trazer resultados cada vez mais relevantes ao usuário, o que inclui discussões em fóruns e redes sociais, por exemplo. Esta é uma ótima forma de satisfazer a necessidade do usuário com resultados diretos de outras pessoas com a mesma necessidade em qualquer parte do mundo.
Penguin 3.0

Finalmente, após mais de um ano sem aparecer, o Google anuncia o Penguin 3.0, sua nova atualização. Apesar do seu impacto ter sido abaixo do esperado – segundo especialistas, menos de 1% das buscas nos EUA -, não existem números sobre o seu impacto em nível global.

Segundo o Google, o Penguin 3.0 não foi um novo algoritmo, mas uma atualização de sua versão anterior, rastreando milhões de páginas ao longo de algumas semanas. Ao lado do Panda, o Penguin é um dos algoritmos mais robustos e inteligentes – e mais temido -, no qual seu robô tem a capacidade de rastrear, analisar, classificar e punir sites que estejam bem posicionados por tentarem manipular o algoritmo do Google através de links externos não naturais.

Apesar do seu impacto relativamente baixo – pelo menos o que foi registrado -, o novo Penguin trata de punir e alertar aqueles que ainda se beneficiam de práticas black hat, lembrando-os que num belo dia, após notarem uma queda bruta no seu tráfego orgânico, poderão dizer: “Temos um problema.”

Pirate 2.0

Sites de torrent e sites que disponibilizam links para download de softwares e mídias sem autorização (conteúdo pirata) sofreram uma queda desoladora em seu tráfego no Google. O Pirate 2.0 voltou após mais de dois anos sem atualização, condenando – ou melhor, escondendo – sites que disponibilizam conteúdo ilegal na internet.

No relatório “Como o Google luta contra a pirataria”, o buscador afirma, por exemplo, que já gastou mais de US$ 1 bilhão em remuneração a autores que tiveram suas produções publicadas ilegalmente no YouTube, além de terem também recebido mais de 224 milhões de pedidos de retirada de vídeos.É interessante lembrar ainda que o YouTube, de propriedade do Google, é o segundo maior buscador do mundo.

Páginas mobile-friendly

Não se trata exatamente de uma atualização algorítmica, mas de um novo recurso adicionado nas páginas de resultado do Google em dispositivos móveis, como smartphones e tablets. O Google passa a exibir em celulares e tablets resultados com o selo “mobile-friendly”, caso o site seja adequado a telas menores.

De acordo com o Google, sites que ganham este selo indicam possuir uma leitura amigável, sem a necessidade de dar zoom com os dedos. Cerca de um mês antes, o Google já havia anunciado que passaria a priorizar sites responsivos, ou seja, sites que ofereçam uma boa experiência para o usuário em dispositivos móveis.

Penguin 3.0 (de novo?)

Webmasters de todo o mundo notam um comportamento atípico nos posicionamentos do Google e especula-se sobre uma nova atualização no Penguin em pleno dia de Ação de Graças nos EUA – mesmo fim de semana do Black Friday! O Google confirma que se trata do Penguin, mas não de uma nova versão, e sim a continuidade do Penguin 3.0.