Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, os marketplaces se tornaram um dos principais canais de comércio no Brasil, permitindo que empresas de diferentes tamanhos e setores possam oferecer seus produtos e serviços online para um público muito maior. Mas qual será o futuro dos marketplaces no país?
De acordo com o “Cenário da Adoção do Marketplace Online” – pesquisa realizada pela Mirakl, em 2021 -, 86% da população brasileira reconhecem as compras online como a forma mais favorável para consumir produtos. No ano seguinte, a pesquisa feita pela Retail X mostrou que o varejo digital brasileiro registrou o maior crescimento durante o ano – um total de US$ 8,1 bilhões (R$ 39,2 bilhões) -, e a estimativa é de que, em 2023, tenha um crescimento estimado em R$ 185,7 bilhões, segundo levantamento recente da ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).
Os marketplaces no Brasil têm um futuro promissor, pois têm sido uma opção cada vez mais popular para compras online. Essa popularidade é impulsionada pelo fato de que os marketplaces oferecem uma ampla variedade de produtos de diferentes fornecedores, permitindo aos consumidores encontrar o que precisam em um só lugar, com entrega do pedido até no mesmo dia.
Pensando nisso, listo abaixo três tendências para os marketplaces nos próximos anos:
Mudança no comportamento dos consumidores
Após a mudança repentina por conta da crise sanitária da Covid-19 e o avanço da tecnologia, muitos consumidores adotaram a prática de comprar seus produtos através da internet e se tornaram mais exigentes em relação a alguns processos, como a entrega, que deve ser sempre rápida, e a troca ou devolução de um produto sem maiores transtornos. Por mais que as compras sejam realizadas à distância, os clientes continuam com altas expectativas para receber seus produtos em ótimo estado e com um atendimento eficiente.
Com o passar dos anos, muitas coisas mudaram, mas o desejo de ser bem atendido – e ter sucesso em uma negociação – continua o mesmo. Com a diferença na rotina do consumidor, é necessário que os marketplaces tenham um planejamento para atingir todas as expectativas e necessidades dos clientes, gerando valor a eles.
Hoje, os marketplaces contribuem com a confiança do cliente no momento da compra online. Ter uma grande empresa por trás da venda faz com que eles percam o ‘’medo’’ de estar se envolvendo em uma fraude ou golpe. Além disso, traz a garantia de que, caso aconteça qualquer problema, terão o suporte necessário para que seja resolvido.
Concorrência no mercado brasileiro
O mercado brasileiro é altamente competitivo, e isso acontece pois diversas empresas disputam a preferência dos consumidores a todo tempo, fazendo com que o setor se expanda e tenha mais opções de mercadorias e serviços. Mas o que observamos com muita clareza é que os comércios digitais brasileiros são obrigados a pensar fora da caixa para conseguirem se equiparar aos players internacionais, como a Amazon, que está presente no mercado há alguns anos, a SHEIN e a Shopee, que se consolidaram aqui mais recentemente. O motivo de eles “roubarem” os holofotes do mercado nacional se deve às opções de entrega e aos produtos com custo-benefício que enchem os olhos do consumidor, e que não são encontrados com essas opções facilmente aqui.
Essa competição que acontece entre os marketplaces é normal, é uma forma de estratégia que muitos estabelecimentos utilizam para se sobressaírem. Se realizarmos uma pesquisa, é possível ver que existe uma variedade de valores em cima do mesmo produto, fazendo com que os consumidores tenham uma preferência pelas lojas que estão mais em conta. Um diferencial que as empresas adotam para gerar uma experiência melhor para os consumidores é a utilização de cupons de descontos e frete com um valor mais acessível.
Consolidação dos big players
A consolidação dos “big players” está cada vez mais presente no comércio online. Esse processo ocorre quando uma grande empresa se funde ou adquire empresas menores para ganhar mais escala e aumentar sua participação no mercado, diminuindo a concorrência.
Enquanto nos EUA existem de três a quatro marketplaces consolidados, como Amazon, eBay, Walmart e Aliexpress, no Brasil, esse número é de duas casas decimais. A tendência é de que as pequenas sejam absorvidas ou dizimadas pelas grandes, e isso não é necessariamente ruim, pois mantém o mercado mais focado.