Quanto vale a sua íris?
Olá a todos na rede, espero que estejam bem. Vamos discutir um pouco sobre criptomoedas e inteligência artificial.
“E se houvesse uma maneira de distribuir partes de uma nova moeda digital a todas as pessoas do planeta?”
A Worldcoin nasceu a partir desse conceito. Cofundada por Alex Blania e Sam Altman, CEO da OpenAI e criador do famoso ChatGPT, a Worldcoin é um projeto ambicioso que tem como objetivo criar uma identidade e uma rede financeira acessíveis a todos os seres humanos. A partir desse ponto, o projeto evoluiu para algo maior: permitir o acesso universal à economia global, construindo o maior sistema de identificação de utilidade pública financeira do mundo, fundamental em tempos de inteligência artificial.
Diferente né? Então, vem comigo que eu explicarei…
A Worldcoin é um protocolo open source projetado para permitir que todos tenham acesso à economia global. É concebido de forma descentralizada, o que significa que, em última instância, sua supervisão e tomada de decisões ficarão a cargo de sua comunidade de usuários.
E quais são os produtos resultantes desse protocolo?
World ID: uma identidade digital que preserva sua privacidade, criada para resolver desafios importantes de identificação, como provar a singularidade e a unicidade de um indivíduo.
WorldCoin Token: o primeiro token distribuído global e gratuitamente a todos os seres humanos, seja para utilidade imediata ou para gestão futura. Isso é válido para você, exatamente como você é.
World APP: um aplicativo que permite pagamentos, compras e transferências globais usando o token WorldCoin, ativos digitais e moedas transacionais.
E o que a sua íris tem a ver com isso?
Permitam-me apresentar o Orb, o componente principal do modelo exclusivo da Worldcoin. Esse modelo inclui o World ID, uma identidade digital que preserva a privacidade e é verificada por meio da varredura das íris dos olhos com um dispositivo Orb.
O Orb utiliza a biometria da íris para verificar a humanidade e a singularidade de uma pessoa de maneira segura e privada. Ele é composto por dois hemisférios separados por uma placa principal, que abriga uma poderosa unidade de computação para processamento local, maximizando a privacidade. A metade frontal é dedicada ao sistema óptico selado, enquanto a metade traseira é
voltada para o sistema de refrigeração e alto-falantes.
O sistema de imagem principal do Orb consiste em uma lente telefoto e um sistema de espelho gimbal 2D, acompanhados por um sensor de câmera de obturador global e um filtro óptico. Um espelho móvel amplia o campo de visão significativamente, e a captura de imagens é controlada por várias redes neurais. A lente telefoto personalizada possui revestimento de vidro para otimizar a captura de imagens no espectro infravermelho próximo. Uma lente líquida integrada permite foco automático em milissegundos, controlado por uma rede neural para otimização. O sensor do
obturador é sincronizado com iluminação pulsada para evitar o desfoque.
A parte traseira da placa principal contém conectores para os elementos ativos do sistema óptico. Além disso, um módulo GPS permite a localização precisa dos Orbs para evitar fraudes. Um módulo Wi-Fi permite ao Orb carregar códigos de íris para garantir que cada pessoa possa se inscrever apenas uma vez. Por fim, a placa-mãe abriga um Nvidia Jetson Xavier NX, que executa
várias redes neurais em tempo real para otimizar a captura de imagem, realizar detecção de falsificação local e calcular o código de íris localmente para preservar a privacidade.
O World App é o primeiro aplicativo desenvolvido para a Worldcoin. Ele utiliza o protocolo World ID para permitir acesso contínuo e preservar a privacidade ao acessar sites, aplicativos móveis e muito mais.
O World ID é um protocolo de identidade aberto e sem restrições, que pode ser usado de forma anônima para comprovar singularidade e humanidade. O primeiro passo para obter um World ID é baixar o World App, uma carteira móvel projetada para levar o ID digital e as finanças globais a todos. Quando o World App está no modo verificado, o Orb é utilizado para verificar a prova de
personalidade (PoP).
O processo de inscrição começa com o usuário gerando um par de chaves Semaphore em seu smartphone, conhecido como o par de chaves World ID. O Orb associa a chave pública ao código de íris de um usuário, cujo único propósito atual é ser usado na verificação de singularidade.
A prova de personalidade responde à pergunta: “Você é humano e único?”. Ela não responde às perguntas “Quem é você?” (verificação de identidade) ou “Você é quem diz ser?” (autenticação). Para os objetivos desse projeto, os criadores do World ID consideram essa verificação como um nível apropriado.
O Orb é utilizado para verificar os usuários do World ID com base nos princípios de prova de personalidade. O Orb é um dispositivo personalizado que levou três anos para ser desenvolvido pela equipe interna da Tools for Humanity.
O procedimento ocorre da seguinte forma:
A pessoa baixa o World App e gera um par de chaves do World ID.
A pessoa visita um Orb e verifica sua conta gerando um código QR no World App e apresentando-o ao Orb.
O Orb verifica se a pessoa é humana, está viva e não é fraudulenta, capturando ambas as íris.
O Orb converte as imagens das íris em um código da íris por meio de uma função hash.
O Orb calcula o código da íris localmente e o assina usando o elemento seguro do Orb.
As imagens de inscrição são destruídas, a menos que o usuário as aprove explicitamente para fins de treinamento.
O World App gera aleatoriamente a chave secreta e, a partir dela, o compromisso de identidade.
A chave é armazenada localmente.
É verificado se o código da íris está suficientemente distante dos anteriores (com base no cálculo da distância de Hamming) e na assinatura do Orb.
O novo código de íris é armazenado no blockchain.
Preparado para embarcar? Baixe o World App, a primeira carteira compatível com o protocolo da Worldcoin. Reserve sua parte, visite o Orb mais próximo e receba seu World ID. Escanear sua íris lhe renderá 25 Tokens WLD (aproximadamente R$ 290,00) e, segundo o aplicativo, isso já é possível em três endereços em São Paulo: Maac Hub (Avenida Brigadeiro Luis Antonio, 4553); coworking Akasa Itaim (Rua Sader Macul, 96); e Club Co-working (Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1327).
Como tudo que se autointitula um avanço tecnológico e lida com segurança e privacidade, esse lançamento também já está gerando polêmica. E você, meu caro leitor, acha seguro permitir que uma máquina escaneie seus olhos em troca de criptomoedas? Gostaria de entender o que você pensa a respeito disso.