O mundo mudou de 2020 para cá, não há dúvida. O que funcionava antes da pandemia da Covid-19 se tornou obsoleto diante das transformações nos consumidores e nas próprias empresas. Nesse sentido, ficar atento às tendências digitais torna-se questão estratégica para o varejista que deseja se destacar em seu segmento.
Não dá mais para ignorar a força das ferramentas digitais tanto para as vendas quanto para o relacionamento. Não importa o porte, o nicho ou o investimento que cada empresa tem à disposição. A melhor alternativa para sair desse período de instabilidade e estruturar a base de crescimento no futuro é apostar no que o mercado oferece de melhor. Confira as cinco tendências esperadas para o varejo digital em 2021:
Utility tokens como pagamento e relacionamento
O próprio ato de pagar por suas compras não é mais o mesmo. Hoje, mais do que estabelecer uma relação de troca (em que a pessoa dá determinado valor financeiro por um produto ou serviço), a iniciativa precisa estimular o relacionamento com o consumidor. A melhor forma para isso é utilizar utility tokens.
As utility tokens são uma espécie de moeda digital que também funcionam como plataforma de marketing. Imagine, por exemplo, engajar os usuários a ponto de eles compartilharem anúncios da marca em suas próprias redes sociais em troca de moedas digitais que podem ser revertidas na compra de novos produtos. É uma tendência que vai ao encontro do novo momento vivido pelo varejo.
Live commerce
As lives invadiram 2020 por conta da pandemia. Contudo, mais do que entreter os usuários com shows ao vivo e entrevistas de seus artistas e celebridades preferidos, revelaram-se também uma ótima opção de vendas.
Foi o e-commerce chinês que apresentou essa novidade ao mundo. O grupo Alibaba usou da ferramenta para impulsionar as vendas no “Dia dos Solteiros” (11 de novembro de 2020). Nesse conceito, a marca utiliza a ferramenta de lives em redes sociais para divulgar suas promoções e, assim, engajar os consumidores. A estratégia está dando certo e rapidamente se espalhou pelo mundo.
Diversos canais
Ficar restrito a um único canal de vendas não é mais uma alternativa. A grande maioria das lojas físicas sentiu na pele essa necessidade com o surgimento do novo coronavírus. Hoje, o varejo precisa estar onde seu consumidor estiver.
Se uma parte considerável de seu público utiliza redes sociais para se informar, pesquisar e comprar, então é essencial que seu negócio esteja nessas plataformas. Isso faz com que o omnichannel finalmente seja realidade no mercado brasileiro, com a integração de canais sendo uma estratégia essencial para quem quiser sobreviver nos próximos anos.
Personalize toda experiência
Aquele consumidor que aceita a primeira oferta que aparece sem contestar nada não existe mais. Não é de hoje que a personalização é um dos conceitos mais importantes na estrutura do varejo. A questão é que a intensa digitalização ocorrida em 2020 com a pandemia fez esse assunto crescer exponencialmente.
Com a integração bem-sucedida de canais, a pessoa quer receber uma experiência personalizada em todos os pontos de relacionamento com a marca. Se ele entrar em contato, espera ter sua dúvida solucionada sem ter que repetir o ocorrido. Ao clicar em anúncios, quer receber campanhas que realmente atendam a seus interesses e desejos. É preciso ter uma visão completa do cliente – o que só é possível com o uso inteligente dos dados.
Voice commerce
Os assistentes pessoais desenvolvidos a partir da inteligência artificial realmente se mostraram uma ferramenta bastante útil aos usuários. Do agendamento e lembrete de reuniões às ligações e mensagens, eles agilizam a rotina – e agora estão aptos a fazer compras para esse público.
Diversas lojas virtuais já estão adaptando suas estruturas para que essa funcionalidade possa ser aceita em transações, faz parte de umas das tendências digitais. Basta falar um oi para Alexa, Siri, Google, Cortana, etc. e confirmar a compra. A ferramenta é tão poderosa que pode movimentar incríveis US$ 40 bilhões até 2022, segundo projeção da OC&C Strategy Consultants.